RESUMO
Objetivo verificar o risco de distúrbio alimentar pediátrico em pré-escolares que nasceram prematuros e relacionar com os aspectos neonatais, de aleitamento materno e de hábitos orais.
Métodos estudo descritivo e longitudinal. A amostra foi composta por pré-escolares que nasceram prematuros e que foram acompanhados até os 24 meses de idade corrigida. A coleta de dados consistiu em análise de prontuários, entrevista e aplicação da Escala Brasileira de Alimentação Infantil.
Resultados participaram 19 pré-escolares, com média de idade de 5 anos e 1 mês, nascidos prematuros (idade gestacional de 32 semanas), saudáveis e com função motora oral normal aos 2 anos de idade corrigida. A aplicação da escala permitiu identificar risco de distúrbio alimentar pediátrico em 31,57% da amostra. Não houve diferença entre os grupos com e sem risco do distúrbio quanto às variáveis neonatais, de aleitamento materno e de hábitos orais. Apenas a variável tempo de transição alimentar no período de internação neonatal apresentou diferença entre os grupos, sendo maior em crianças que não apresentaram risco para o distúrbio.
Conclusão O risco de distúrbio alimentar pediátrico ocorreu em quase um terço dos prematuros em idade pré-escolar. O tempo de transição alimentar no período de internação neonatal foi a única variável que apresentou diferença entre os grupos com e sem risco para o distúrbio. Assim, pode-se refletir que o momento de introdução da alimentação oral e a forma de progressão da dieta até a via oral plena na internação neonatal podem ter relação com o comportamento alimentar em outras fases do desenvolvimento infantil.
Palavras-chave: Prematuridade; Comportamento alimentar; Pré-escolar; Crianças; Seletividade alimentar