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Estudo das emissões otoacústicas residuais nas perdas auditivas neurossensoriais com diferenciação de artefatos e respostas fisiológicas

RESUMO

Objetivo

avaliar o efeito da variação da intensidade de estimulação sobre as respostas das emissões otoacústicas produto de distorção em indivíduos com perda auditiva neurossensorial, utilizando um protocolo de gradiente de fase das emissões.

Métodos

estudo observacional transversal. Participaram 38 indivíduos com diagnóstico de perda auditiva neurossensorial de grau leve, moderado ou severo. Foram realizadas anamnese, meatoscopia, audiometria tonal liminar, logoaudiometria, imitanciometria, emissões otoacústicas produto de distorção e emissões otoacústicas residuais. As emissões otoacústicas residuais foram coletadas com o equipamento Echodia, modelo Elios®. O protocolo utilizado permite a variação dos parâmetros frequência e intensidade e as respostas são analisadas por meio do teste do Gradiente de Fase. As respostas registradas nas emissões residuais foram consideradas como “presente”, “ausente” e “artefato”, considerando a variação da fase em função de f1.

Resultados

Foram incluídas 72 orelhas. Houve diferença estatisticamente significativa nas frequências de 1300 Hz e 2000 Hz, ao comparar os resultados das emissões residuais. Ao correlacionar o resultado da audiometria e a intensidade de estimulação que evocou a emissão residual, houve correlação positiva para as frequências de 1000 Hz e 4000Hz. O “artefato” foi registrado, principalmente, nas frequências mais agudas: 56,2% em 3000 Hz e 58,2% em 4000 Hz. A emissão otoacústica residual presente foi registrada em 18,6% em 1000 Hz, 13,4% em 2000 Hz, 6,3% em 3000 Hz e 7,5% em 4000 Hz.

Conclusão

o aumento da intensidade de estimulação no exame de emissões pode auxiliar no estudo das células ciliadas residuais, desde que seja utilizado um protocolo capaz de diferenciar respostas fisiológicas de artefatos.

Palavras-chave:
Emissões otoacústicas espontâneas; Audição; Cóclea; Diagnóstico; Células ciliadas externas

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