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"Aos pés dos pretos e pretas quitandeiras": Experiências de trabalho e estratégias de vida em torno do primeiro Mercado Público de Desterro (Florianópolis) e seus arredores 1840-1890

Este artigo trata da construção, em 1851, do primeiro Mercado Público de Desterro (atual Florianópolis), espaço centralizador do comércio de gêneros e circulação de pessoas. A dinâmica em torno do mercado é aqui utilizada para investigar as disputas políticas relacionadas à ocupação deste espaço central da cidade, as expectativas de liberdade e autonomia de homens e mulheres africanos e seus descendentes, e as possibilidades e limites para realizá-las. Na primeira metade do século XIX, as mulheres africanas tinham atuação proeminente no comércio de rua e na própria praça do mercado, tanto como quitandeiras quanto como pombeiras e mascates, configuração que sofreu transformações no decorrer da segunda metade do século XIX, com a significativa diminuição da presença de homens africanos e de mulheres em geral, tanto dentro do Mercado Público quanto nas funções de pombeiro e mascate.

Mercado Público Desterro; expectativa de liberdade; mulheres; africanos; quitandeiras


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