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Utilidade de um novo índice prognóstico na hepatite alcoólica

Contexto

A doença hepática alcoólica é uma das maiores causas de doença hepática avançada no mundo, sendo que as formas graves de hepatite alcoólica estão associadas a alta mortalidade a curto prazo.

Objetivos

Avaliar a importância do índice age-bilirrubin-INR-creatinine (ABIC) como fator prognóstico na hepatite alcoólica e sua correlação com as complicações dessa doença, com o risco de óbito e com os escores Model for End stage Liver Disease (MELD) e Função Discriminante de Maddrey.

Métodos

Um total de 46 prontuários de pacientes internados por hepatite alcoólica foram avaliados de forma retrospectiva. Foi realizado levantamento de exames laboratoriais do primeiro dia de internação e 7 dias após, além de cálculo dos escores estudados.

Resultados

Os índices ABIC, Maddrey e MELD apresentaram correlação positiva entre si e associaram-se a encefalopatia hepática e a ascite (P<0,05). O índice ABIC, classificado de alto risco, foi fator de risco para essas complicações e para óbito. Em análise de regressão logística univariada para óbito, a razão de risco do ABIC de entrada no hospital foi de 19,27 (P=0,012) e após 7 dias de 41,29 (P=0,002). A sobrevida acumulada daqueles com ABIC de alto risco foi de 93,3% em 7 dias e de apenas 26,9% em 60 dias.

Conclusões

O índice prognóstico ABIC é fator de predição para complicações como ascite e encefalopatia hepática, assim como para risco de óbito, sendo ferramenta útil na prática clínica.

Hepatite alcoólica; Índice de gravidade de doença; Bilirrubina; Creatinina; Mortalidade


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