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Avaliação da saúde esquelética em homens brasileiros com doença celíaca ao diagnóstico: qual a importância?

RESUMO

Contexto:

A baixa densidade de massa óssea (DMO) é um achado extraintestinal na doença celíaca (DC). Isso pode resultar em fraturas ósseas levando à perda de qualidade de vida.

Objetivo:

Avaliar a DMO em pacientes masculinos com DC no momento do diagnóstico de acordo com a idade do paciente.

Métodos:

Estudo retrospectivo descritivo realizado no período entre 2013 e 2023 em um único consultório que estudou resultados de “dual-energy X-ray absorptiometry” (DEXA) em 28 pacientes do sexo masculino com diagnóstico recente de DC, divididos em três grupos: grupo 1 (idade até 18 anos); grupo 2 (de 19 a 49 anos) e grupo 3 (acima de 50 anos). Foram estudados parâmetros demográficos e antropométricos, tempo decorrido entre o início dos sintomas e o diagnóstico da DC e ocorrência de fraturas.

Resultados:

Os pacientes celíacos estudados tinham mediana de idade de 36,0 anos (IIQ=16,5-50,7). Dentre eles, 39,3% apresentavam osteopenia e 14,3% apresentavam osteoporose. Apenas 36% da amostra apresentou valores normais de DEXA (grupo 1 com 37,5%; grupo 2 com 46% e grupo 3 com 14,2%). Nenhuma fratura patológica foi observada nesta amostra. O atraso no diagnóstico da DC observado teve mediana de 1,0 ano (IQR=1,0-4,7). Quando comparado o número de indivíduos com resultados de DEXA normais e alterados, não houve diferença no índice de massa corporal, tempo de atraso no diagnóstico ou classificação de Marsh (P=0,18).

Conclusão:

Pacientes do sexo masculino no momento do diagnóstico da DC apresentaram alta prevalência de baixa DMO, o que foi particularmente evidente em indivíduos com mais de 50 anos de idade.

Palavras-chave:
Doença celíaca; osso; sexo masculino

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