RESUMO
CONTEXTO:
Desde 2012, uma nova técnica para ressecção de pólipos grandes tem sido descrita, a ressecção da mucosa endoscópica sob imersão d’água (REMS). Algumas vantagens que surgem desta técnica são evitar a injeção na camada submucosa e a maior chance de captura completa do pólipo. Objetivo - Há poucos estudos com REMS no Brasil. Nosso objetivo é avaliar a segurança e a eficácia da técnica em um centro brasileiro.
MÉTODOS:
Esta série de casos foi conduzida de fevereiro a dezembro de 2020. Pólipos colorretais maiores que 9 mm sem sinais endoscópicos de invasão de submucosa foram ressecados utilizando RMES.
RESULTADOS:
Vinte e quatro pólipos foram ressecados com RMES em 24 pacientes diferentes. O tamanho médio dos pólipos era de 19 mm, variando de 12 a 35 mm. Todas as lesões foram ressecadas e 66% (16/24) foram ressecadas em monobloco. Na análise histológica, a maioria era adenoma (70.8%) e apenas uma havia invasão profunda da submucosa.
CONCLUSÃO:
O uso de REMS é um procedimento seguro e factível. Com o aumento de dados relativos ao procedimento, esta parece ser uma excelente ferramenta na prevenção do câncer colorretal e sua aplicabilidade deve ser encorajada para fora dos centros de referência.
Palavras-chave:
Ressecção da mucosa endoscópica sob imersão d’água; pólipos colorretais; ressecção endoscópica de mucosa convencional