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Metástase hepática colorretal metacrônica tem melhor prognóstico - é verdade?

RESUMO

CONTEXTO:

As metástases hepáticas de câncer colorretal representam um importante problema de saúde pública devido à incidência crescente de câncer colorretal pelo mundo. A metástase hepática colorretal sincrônica está associada a pior sobrevida, no entanto, o pior prognóstico é assunto controverso.

OBJETIVO:

O objetivo do estudo foi avaliar a sobrevida livre de recorrência e a sobrevida global entre os grupos de pacientes com metástase hepática colorretal metacrônica e sincrônica.

MÉTODO:

Análise retrospectiva através de revisão de prontuários de pacientes com metástase hepática colorretal atendidos no período de 2013 a 2016, divididos em grupos metacrônico e sincrônico. Foram utilizados o modelo de regressão de Cox e o método de Kaplan-Meier com teste de Log-rank para comparação de sobrevida entre os grupos.

RESULTADOS:

A média de sobrevida livre de recorrência no grupo metacrônico foi de 9,75 meses e 50% em 1 ano, e no grupo sincrônico 19,73 meses e 63,3% em 1 ano. A média de sobrevida global no grupo metacrônico foi de 20,00 meses e 6,2% em 3 anos, e no grupo sincrônico 30,39 meses e 31,6% em 3 anos. Os pacientes com metástase hepática metacrônica apresentaram pior sobrevida global em análise multivariada. O uso de drogas biológicas associadas ao tratamento quimioterápico foi relacionado ao melhor prognóstico em sobrevida global.

CONCLUSÃO:

A metástase hepática colorretal metacrônica foi associada a pior prognóstico na sobrevida global. Não houve diferença na sobrevida livre de recorrência entre as metástases metacrônica e sincrônica.

DESCRITORES:
Neoplasias colorretais; Metástase neoplásica; Fígado; Prognóstico; Sobrevida

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