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Resposta do corpo do esôfago a deglutições de água e secas na doença de Chagas

RACIONAL: Deglutições de água causam maior amplitude e duração das contrações esofágicas do que deglutições "secas". Na doença de Chagas as contrações esofágicas são de baixa amplitude e de menor duração, porém não se sabe se há diferença entre deglutições líquidas e secas. OBJETIVO: Comparar as contrações esofágicas após deglutições líquidas e "secas" em pacientes com doença de Chagas. MÉTODOS: Estudou-se a área sob a curva (amplitude x duração) das contrações esofágicas em 30 pacientes com diagnóstico de esofagopatia chagásica, com diâmetro do esôfago no exame radiológico inferior a 4 cm, e 44 controles. Utilizou-se o método manométrico com perfusão contínua. As contrações foram medidas a 2, 7, 12 e 17 cm distais ao esfíncter superior do esôfago, após cinco deglutições de 5 mL de água alternadas com cinco deglutições "secas". RESULTADOS: No grupo controle deglutições de água provocaram maior área sob a curva do que deglutições "secas". Na doença de Chagas não houve diferença entre deglutições de água e "secas", bem como não houve diferença entre deglutições de água e "secas" nos pacientes com doença de Chagas e deglutições "secas" nos controles. A 12 e 17 cm do esfíncter superior do esôfago a área sob a curva após deglutições de água e "seca", em pacientes com doença de Chagas, foi maior em pacientes com idades abaixo de 60 anos (n = 15) do que pacientes com idades acima de 60 anos (n = 15). CONCLUSÃO: Concluiu-se que em pessoas normais há adaptação à presença do bolo líquido dentro do esôfago, o que não acontece em pacientes com doença de Chagas.

Doença de Chagas; Deglutição; Esofagopatias; Envelhecimento


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