RESUMO
Contexto:
O uso consagrado de betabloqueadores não seletivos (BBNS) na prevenção primária e secundária de varizes esofágicas foi recentemente questionado no subgrupo de pacientes com ascite refratária a diurético.
Objetivo:
Analisar criticamente o corpo de evidências sobre a temática a fim de auxiliar decisões clínicas.
Métodos:
Foi realizada uma revisão da literatura nos bancos de dados Pubmed® e Scielo®. No total, 20 artigos entre os anos 2010 e 2023 foram lidos por pesquisadores independentes.
Conclusão:
Ainda permanece duvidoso se o uso de BBNS é deletério nos cirróticos com ascite refratária, no entanto nossa revisão de literatura permite concluir que essas drogas não devem ser proscritas nesses pacientes. Ao contrário, uma decisão médico-paciente pautada na tolerabilidade e em parâmetros hemodinâmicos parece ser uma conduta decerto segura.
Palavras-chave:
Betabloqueadores não seletivos; ascite refratária; mortalidade