Contexto
A biópsia hepática é considerada padrão-ouro para definição de fibrose hepática em pacientes com doença hepática crônica. No entanto, é um método invasivo, com potenciais riscos e complicações. A elastografia é uma técnica de ultrassonografia que fornece informações sobre variações no tecido hepático, avaliando elasticidade tecidual e sonoelastografia é uma das técnicas disponíveis.
Objetivo
O principal objetivo do estudo é avaliar a sensibilidade e especificidade da sonoelastografia comparada a biópsia hepática para análise do grau de fibrose hepática em pacientes com hepatite C crônica e doença hepática gordurosa não alcoólica.
Métodos
Vinte e quatro pacientes foram incluídos no estudo, submetidos a biópsia hepática e sonoelastografia. Os resultados obtidos foram comparados a valores descritos na literatura por diferentes autores.
Resultados
Na população de pacientes com hepatite C crônica, os dados melhor se correlacionaram com resultados publicados por Carmen Fierbinteanu-Braticevici e col, com uma acurácia de 82,4%, sensibilidade de 71,4% e especificidade de 90%. Para doença hepática gordurosa não alcoólica, a melhor correlação se deu com dados publicados por Masato Yoneda e col, com acurácia de 85,7%, sensibilidade de 80% e especificidade de 100%.
Conclusão
Sonoelastografia é um método com boa acurácia para diferenciar fibrose avançada de fibrose inicial e pode substituir a biópsia hepática na maioria das vezes.
Cirrose hepática; Hepatopatia gordurosa não alcoólica; Técnicas de imagem por elasticidade; Hepatite C Crônica