Revisita-se a construção do primeiro modelo freudiano do trauma, o eixo da chamada teoria da sedução (1896). Seus componentes e dinâmica são examinados e discutidos. O paradoxo presente na mencionada teoria é registrado, bem como a reformulação por parte de Freud do fundamento de sua doutrina através da postulação da pulsão e da sexualidade infantil. Por fim, ao lado da engenhosa e singular maneira pela qual aquele modelo do trauma articula seus elementos, um horizonte de persistência daquela abordagem é ainda afirmado na esfera da teoria da sedução generalizada.
Trauma; teoria da sedução; pulsão; sexualidade infantil; teoria da sedução generalizada