RESUMO:
Descreveremos o processo paradoxal de poder que constitui a sujeição psíquica segundo Judith Butler e sua relação com a constituição do psiquismo em psicanálise. A interlocução entre Butler e a psicanálise deve-se ao fato de que a autora se utiliza de um aporte teórico psicanalítico no desenvolvimento das ideias. Veremos como o poder opera na internalização da consciência de culpa, e como são ambivalentes e dinâmicos os efeitos do poder na neurose e nos processos de sujeição social. Finalmente, veremos que esse poder opera na ordem fundamental das coisas, de onde se origina o desejo manifesto na realidade a partir de uma ação ética.
Palavras-chave:
psiquismo; poder; sujeição; desejo