Resumo:
Após longo período de latência, o traumático retornou em Freud entrecruzado com o narcisismo e a pulsão de morte, culminando na ideia de um incontornável “mal-estar na civilização”. Assistimos hoje a um novo retorno do traumático na psicanálise, vendo-se esta confrontada, novamente, à face demoníaca do psiquismo, desta vez, pelo incremento de figuras do excesso e do trauma, configurações subjetivas limites especialmente marcantes na atualidade. Este artigo busca avançar na compreensão desse movimento, de natureza clínica e teórica, com ênfase no problema do mal-estar, sua singularidade hoje.
Palavras-chave:
trauma; estados limites; contemporaneidade; mal-estar