RESUMO:
Este ensaio pretende analisar se, em nossos dias, ainda é possível uma suspensão do tempo ordinário. Ou seja, pretende explorar várias dimensões de nossas vidas nas quais o tempo cronológico poderia ou não ser colocado em suspensão; se sim, tal possibilidade nos levaria a experienciar outra forma de temporalidade? Principio a análise desde a perspectiva da experiência nas festas populares - o carnaval, por exemplo, ainda seria um espaço de transgressão (do ordinário ao profano)? Enveredo então por uma reflexão sobre o passatempo e a indústria cultural. E, em um segundo movimento, investigo se poderíamos suspender aquele tempo ordinário em nossa vida privada, como na experiência do tédio. Outras possibilidades visadas são os casos do divã e do amor. Nestes últimos, teríamos realmente uma outra experiência de temporalidade?
Palavras-chave:
suspensão do tempo; festa; tédio; divã; amor