EFEITO DA RADIAÇÃO GAMA (CO⁶⁰) SOBRE AS FASES DE DESENVOLVIMENTO DA TRAÇA OPOGONA SACCHARI (BOJER, 1856) (LEPIDOPTERA: TINEIDAE)

EFFECT OF GAMMA RADIATION (Co⁶⁰) ON THE DEVELOPMENT STAGES OF THE MOTH OPOGONA SACCHARI (BOJER, 1856) (LEPIDOPTERA:TINEIDAE)

RESUMO

A presente pesquisa teve como objetivo avaliar os efeitos da radiação gama (Co⁶⁰) sobre as fases de desenvolvimento da traça Opogona sacchari. A criação da traça O. sacchari foi iniciada com mudas de Dracaena fragans infestadas, oriundas do município de Juquiá/SP. Como irradiador foi utilizado uma fonte de Colbalto-60, modelo Gammacell 220 com atividade ao redor de 540,00 Ci. Foram realizados testes com doses variando entre 5,0 e 500,0 Gy. As doses de 140,0; 240,0; e 450,0 Gy foram letais para ovos com 7 dias, lagartas com 22 dias e pupas com 11 dias de idade, respectivamente.

PALAVRAS-CHAVE:
Radiação gama; Opogona sacchari; fases de desenvolvimento.

ABSTRACT

The research had the aim of evaluating the effects of gamma radiation (Co⁶⁰) effects on the development stages of the moth Opogona sacchari. O. sacchari rearing was initiated through infested Dracaena fragans stalks from Juquiá, state of São Paulo. A source of cobalt-60, model Gammacell 220 with activity around 540.00 Ci was used as irradiator. Tests were realized with doses between 5.0 and 500.0 Gy. The doses of 140.0; 240.0 and 450.0 Gy were lethal to eggs seven days old, larvae 22 days old and pupae 11 days old, respectively.

KEY WORDS:
Gamma radiation; Opogona sacchari; development stages.

INTRODUÇÃO

A traça Opogona sacchari é uma importante praga na cultura da banana (CINTRA, 1975) e em plantas ornamentais (BERGMANN et al., 1995) causando prejuízos em dracena (Dracaena fragans e D. fragans cv. Massangearana) e Strelitzia reginae. A traça está presente na lista de pragas quarentenárias em vários países. Diversos métodos físicos têm sido estudados e empregados para o controle de pragas, e dentre eles a radiação gama (Co⁶⁰), utilizada na desinfestação de frutas, mudas e produtos armazenados. A dose de radiação necessária para eliminar os insetos depende do tipo de inseto e fase de desenvolvimento em que se encontra. A radiosensibilidade dos insetos é máxima durante a fase de ovo, e mínima durante a fase adulta. Estima-se a dose de 3 kGy para destruir os insetos em qualquer fase e doses menores para impedir o desenvolvimento normal e reprodução. A ocorrência de resistência dos insetos aos defensivos é conhecida, porém à radiação não se tem observado (TILTON & BROWER, 1987; OMS, 1995).

BENCHOSTER & TELICH (1964) propuseram o emprego de pequenas doses de radiação gama para tratamentos quarentenários em escala comercial, as quais interrompem o ciclo normal de desenvolvimento de insetos. OUYE et al. (1964) verificaram que 30,0 krad foram suficientes para total esterilização de Pectinophora gossypiella, ao irradiarem pupas. BAROUGHI-BONAG (1965) obteve 100% de mortalidade ao irradiar lagartas de último estádio de Ephestia kuehniella com 14.000 rad. COGBURN et al. (1966) determinaram que 17,5 krad foram suficientes para controlar a infestação por ovos e lagartas jovens de Plodia interpunctella. QURESHI (1966) concluiu que a dose de 10,0 krad foi suficiente para afetar o desenvolvimento de lagartas de Sitrotoga cerealella oriundas de ovos irradiados. BROWER (1974) irradiou ovos de P. interpunctella com idade entre 1 e 72 horas, com doses entre 0,5 e 50,0 krad e demonstrou que ovos de 18, 24 e 30 horas são igualmente sensíveis. BECNZER & FARKAS (1975) determinaram que a fase de ovo é a mais radiosensível, ao irradiarem todos os estágios de P. interpunctella.

GROSU (1976) obteve 250,0 Gy como a dose necessária para impedir a eclosão de larvas de P. interpunctella ao irradiar ovos. ASSAD & SHIKRENOV (1983) obtiveram 100% de mortalidade ao irradiarem ovos de E. kuehniella com 60,0 Gy. TSVETKOV & ATANASOV (1983) constataram que 300,0 Gy foi a dose suficiente para causar 100 % de mortalidade em pupas de 3 dias e 700,0 Gy para pupas de 1 dia de idade de E. kuehniella. BURDITT JR. & MOFFIT (1985) constataram que 100,0 Gy reduziu significativamente a emergência de adultos de Cydia pomonella oriundos de pupas irradiadas e determinou que 145,0 Gy seria a dose necessária para atender ao critério de não emergência de adultos ao irradiar lagartas de C. pomonella. ARTHUR et al. (1984) obtiveram 150,0 Gy como a dose letal para lagartas de P. interpunctella.ARTHUR (1985) irradiou todas as fases do ciclo evolutivo de S. cerealella e concluiu que a dose de 125,0 Gy foi letal para ovos; 150,0; 250,0 e 500,0 Gy esterilizante para lagartas, pupas e adultos, respectivamente e 4750,0 Gy letal imediata para adultos. GYULAI et al. (1987) obtiveram 400,0 Gy como a dose necessária para impedir a emergência de adultos de P. interpunctella oriundos de ovos, lagartas e pupas irradiadas.

TAMBORLIN (1988) concluiu que a dose de 125,0 Gy é letal para ovos de P. interpunctella e que 250 Gy são suficientes para causar mortalidade total em larvas. ARTHUR et al. (1990) irradiaram pupas de D. saccharalis com 6 dias de idade e concluiram que a dose de 400,0 Gy induziu a esterilidade total dos insetos adultos. ABDEL-SALAM (1991) verificou que 50,0 Gy impediu a eclosão de larvas de Corcyra cephalonica ao irradiar ovos de 1 dia de idade. TOBA & BURDITT JR. (1992) constataram que ovos mais novos de C. pomonella são mais radiosensíveis que os mais velhos, e que a radiação gama é um tratamento quarentenário potencial para desinfestação de frutos infestados por ovos desta praga. SETH & REYNOLDS (1993) irradiaram pupas de várias idades de Manduca sexta e verificaram que a dose de 15,0 krad foi suficiente para impedir a emergência de adultos em 75% ao irradiarem pupas de 2 dias de idade e 62% para pupas de 6 dias, sendo que em ambas idades 100% dos adultos emergidos eram defeituosos. ESTEVAM et al. (1995) obtiveram a dose de 350,0 Gy como letal para lagartas de Anagasta kuehniella. GROPPO (1996) obteve 70,0 Gy como a dose letal para ovos de Tuta absoluta, 200 e 300 Gy como a dose letal para lagartas e pupas, respectivamente. FARIA (1997) obteve a dose de 200,0 Gy como a necessária para impedir a emergência de adultos viáveis de Ecdytolopha aurantiana ao irradiar as formas imaturas.

MATERIAL E MÉTODOS

O projeto foi desenvolvido nos laboratórios do Centro de Sanidade Vegetal do Instituto Biológico de São Paulo e as irradiações realizadas no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares - IPEN/CNEN, ambos localizados no Município de São Paulo. Como irradiador foi utilizado um irradiador experimental de Cobalto-60, modelo Gammacell 220 com atividade ao redor de 540,00 Ci. A criação de O. sacchari foi realizada em dieta artificial adaptada de MACHADO & BATISTA FILHO (1987). Os adultos, após sexagem, foram colocados em tubos de PVC de 7,5 cm de diâmetro por 8,0 cm de altura, revestidos internamente com papel manilha rosa e fechados pela extremidade com placas de petri, sendo a base da gaiola revestida com um disco de papel manilha. Para a alimentação dos adultos foi fornecida solução de mel a 10%. As posturas obtidas foram acondicionadas em placas de polietileno de 4cm de diâmetro por 2cm de altura. As lagartas eclodidas foram transferidas para recipientes de polietileno com capacidade de 110 mL, contendo 30 mL de dieta artificial. A criação foi mantida a 25° ± 2°C, umidade relativa de 70% e fotofase de 12 horas. As doses de radiação gama empregadas em cada ensaio, número de repetições, número de indivíduos por repetição e fases de desenvolvimento avaliadas após os tratamentos constam no Quadro 1.

Quadro 1
Fases de desenvolvimento de Opogonas acchari irradiadas em dieta artificial, número de indivíduos por repetição, número de repetições e doses de radiação gama utilizadas (Gy).

Fases	Indivíduos/repetição	No de repetições	Dose (Gy)
Ovos de 2 dias	20	10	0; 5,0; 10,0; 15,0; 20,0; 25,0; 30,0; 40,0; 50,0; 60,0; 70,0; 80,0
Ovos de 7 dias	20	10	0; 20,0 ; 40,0; 60,0; 80,0; 100,0; 120,0; 140,0; 160,0; 180,0; 200,0
Lagartas de 2 dias	20	10	0; 20,0; 40,0; 80,0; 120,0; 160,0; 200,0; 240,00; 300,0
Lagartas de 22 dias	20	10	0; 30,0; 60,0; 120,0; 180,0; 240,0; 300,0; 360,0
Pupas de 2 dias	20	10	0; 50,0; 100,0; 150,0; 200,0; 250,0; 300,0; 350,0; 400,0; 450,0; 500,0
Pupas de 11 dias	20	10	0; 50,0; 100,0; 150,0; 200,0; 250,0; 300,0; 350,0; 400,0; 450,0; 500,0

Determinação da dose letal para ovos: Ovos de O. sacchari com 2 e 7 dias de idade foram submetidos a doses crescentes de radiação gama. Os ovos em número de 20 por repetição, foram acondicionados em placas de Petri de plástico de 4,0 cm de diâmetro por 2cm de altura, para serem irradiados. Após as irradiações foram transferidos para a mesma sala climatizada descrita anteriormente. As lagartas eclodidas destes ovos foram transferidas para placas de Petri de plástico, de 9cm de diâmetro por 1cm de altura, contendo dieta artificial, a fim de se avaliar o seu desenvolvimento. Foram colocadas 5 lagartas por placa de Petri.

Determinação da dose letal para lagartas: Ovos de O. sacchari da criação foram acondicionados em recipientes de polietileno de 9cm de altura x 5cm de diâmetro. As lagartas recém-eclodidas foram transferidas em grupos de 20 por repetição, para placas de polietileno de 4cm de diâmetro por 2cm de altura. Ao atingirem 2 e 22 dias de idade foram submetidas às doses crescentes de radiação gama. Após as irradiações os recipientes contendo as lagartas foram acondicionados na sala climatizada para acompanhamento do seu desenvolvimento.

Determinação da dose letal para pupas: Lagartas de último estádio de desenvolvimento foram transferidas para placas de Petri de plástico de 15cm de diâmetro por 1cm de altura contendo 50 mL de dieta artificial. Em cada placa foram colocadas 10 lagartas com a finalidade de se acompanhar as fases de pré-pupa e pupa obtendo-se a su a idade precisa. Pupas de 2 e 11 dias de idade foram acondicionadas em placas de polietileno de 4cm de diâmetro por 2cm de altura e submetidas a doses crescentes de radiação gama. Após as irradiações os recipientes contendo as pupas foram acondicionados em sala climatizada para observação da emergência dos adultos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Ovos de O. sacchari: A dose de 50,0 Gy foi suficiente para impedir a eclosão de lagartas quando ovos de 2 dias foram irradiados. Com a dose de 5,0 Gy pode-se observar uma redução significativa no número de adultos emergidos em relação ao número de pupas obtidas, efeito este ocasionado pela radiação gama (Tabela 1). Para causar letalidade em ovos de 7 dias de O. sacchari foram necessários 140,0 Gy, dose esta bem superior à obtida para ovos de 2 dias, demonstrando uma maior radiosensibilidade de ovos mais novos. Estes dados concordam com os obtidos por vários autores para diferentes espécies de lepidópteros (COGBURN et al., 1966; ASSAD & SHIKRENOV, 1983; ARTHUR, 1985; TAMBORLIN, 1988; ABDEL-SALAM, 1991; TOBA & BURDITT JR., 1992). A partir da dose de 60,0 Gy observouse uma redução acima de 50,0% do número de adultos obtidos. Esta redução aumentou progressivamente com as doses de radiação gama (Tabela 1).

Tabela 1
Número médio de pupas e adultos de Opogona sacchari emergidos (machos e fêmeas) após a irradiação de ovos de 2 e 7 dias de idade com doses crescentes de radiação gama e porcentagem de mortalidade. Taxa de dose: 0,448 kGy/ hora São Paulo, 1995.

Dose (Gy)	No ovos	Número médio				% Mortalidade (adulto / ovo)
		Pupas	Adultos 2 dias de idade	Fêmeas	Machos
0,0	20,0	17,9 ± 0,23	15,9 ± 0,37	7,5	8,4	20,50
5,0	20,0	14,5 ± 0,38	56 ± 0,37	2,6	2,8	72,00
10,0	20,0	13,8 ± 0,29	42 ± 0,37	2,0	2,2	79,00
15,0	20,0	12,3 ± 0,34	41 ± 0,38	1,9	2,2	79,50
20,0	20,0	8,5 ± 0,38	24 ± 0,48	1,0	1,4	88,00
25,0	20,0	3,5 ± 0,38	10 ± 0,75	0,4	0,6	95,00
30,0	20,0	1,3 ± 0,34	2 ± 0,48	0,0	0,2	99,00
40,0	20,0	1,1 ± 0,23	2 ± 0,48	0,1	0,1	99,00
50,0	20,0	0	0	-	-	100,00
60,0	20,0	0	0	-	-	100,00
70,0	20,0	0	0	-	-	100,00
80,0	20,0	0	0	-	-	100,00
7 dias de idade
0,0	20,0	18,3 ± 0,34	17,6 ± 0,37	8,1	9,5	12,00
20,0	20,0	17,5 ± 0,38	16,9 ±0,53	7,3	9,6	15,50
40,0	20,0	14,3 ± 0,34	13,4 ± 0,37	6,1	7,3	33,00
60,0	20,0	10,6 ± 0,36	9,5 ± 0,38	4,5	5,0	52,50
80,0	20,0	8,4 ± 0,36	7,5 ± 0,38	3,2	4,3	62,50
100,0	20,0	6,2 ± 0,29	5,4 ± 0,37	2,5	2,9	73,00
120,0	20,0	2,3 ± 0,34	1,3 ± 0,34	0,6	0,7	93,50
140,0	20,0	0	0	-	-	100,00
160,0	20,0	0	0	-	-	100,00
180,0	20,0	0	0	-	-	100,00
200,0	20,0	0	0	-	-	100,00

Lagartas de O. sacchari: A dose de 120,0 Gy demonstrou ser suficiente para interromper o ciclo larval, não havendo a emergência de adultos de O. sacchari a partir de lagartas irradiadas com 2 dias de idade (Tabela 2). COGBURN et al. (1966), BURDITT JR. & MOFFIT (1983) e ARTHUR (1985) também obtiveram doses semelhantes para outras espécies. Lagartas de 22 dias irradiadas com a dose 240,0 Gy não concluiram o ciclo larval, não havendo a formação de pupas. A dose de 120,0 Gy reduziu o número de adultos emergidos em 70,50% e a dose de 180,0 Gy em 95,00% (Tabela 2). Diversos autores tiveram que utilizar doses maiores para controlar lagartas mais velhas ou próximas à fase de pré-pupa (BAROUGHI-BONAGH, 1965; BURDITT JR., 1986; GYULA et al., 1987; TAMBORLIN, 1988; ESTEVAM et al., 1995; GROPPO, 1996; FARIA, 1997).

Pupas de O. sacchari: Foi necessária uma dose de 350,0 Gy para impedir a emergência de adultos a partir de pupas irradiadas com 2 dias de idade (Tabela 3). Já para as pupas de 11 dias a dose necessária foi de 450,0 Gy (Tabela 3). TSUETKOV & ATANASOV (1983) verificaram que a dose de 300 Gy causou 100 % de mortalidade em pupas de 3 dias de idade de E. kuehniella. GYULAI et al. (1987) determinaram que 400 Gy seria a dose necessária para impedir a emergência de adultos de P. interpunctella oriundos de ovos, lagartas e pupas irradiadas. SETH & REYNOLDS (1993), ao irradiarem pupas de M. sexta com a dose de 15,0 krad, reduziram a emergência de adultos em 75% em pupas de 2 dias de idade e 62% em pupas de 6 dias, sendo todos os adultos emergidos defeituosos. GROPPO (1996) obteve 300 Gy como a dose letal para pupas de T. absoluta.

Tabela 2
Número médio de pupas e adultos de Opogona sacchari emergidos (machos e fêmeas) após a irradiação de lagartas com 2 e 22 dias de idade com doses crescentes de radiação gama e porcentagem de mortalidade. Taxa de dose: 0,443 kGy/ hora. São Paulo, 1995.

Dose (Gy)	No Lagartas	Número Médio				% Mortalidade (adulto/lagarta)
		Pupas	Adultos 2 dias de idade	Fêmeas	Machos
0,0	20,0	18,5 ± 0,38	13,2 ± 0,57	6,0	6,2	34,00
20,0	20,0	6,5 ± 0,38	5,1 ± 0,86	2,5	2,6	74,50
40,0	20,0	4,8 ± 0,29	2,7 ± 0,48	1,2	1,5	86,50
80,0	20,0	2,4 ± 0,36	1,7 ± 0,34	0,8	0,9	91,50
120,0	20,0	1,3 ± 0,34	0	-	-	100,00
160,0	20,0	0	0	-	-	100,00
200,0	20,0	0	0	-	-	100,00
240,0	20,0	0	0	-	-	100,00
300,0	20,0	0	0	-	-	100,00
22 dias de idade
0,0	20,0	18,0 ± 0,47	17,5 ± 0,69	8,2	9,3	12,50
30,0	20,0	17,1 ± 0,41	15,7 ± 1,07	7,5	8,2	21,50
60,0	20,0	14,1 ± 0,68	13,2 ± 0,94	6,3	6,9	34,00
120,0	20,0	8,1 ± 0,52	5,9 ± 0,98	2,7	3,2	70,50
180,0	20,0	1,6 ± 0,50	1,0 ± 0,75	0,4	0,6	95,00
240,0	20,0	0	0	-	-	100,00
300,0	20,0	0	0	-	-	100,00
360,0	20,0	0	0	-	-	100,00

Tabela 3
Número médio de adultos de Opogona sacchari emergidos (machos e fêmeas) após a irradiação de pupas com 2 e 11 dias de idade com doses crescentes de radiação gama e porcentagem de mortalidade. Taxa de dose: 0, 380 kGy/ hora. São Paulo, 1995.

Dose (Gy)	NoPupas	Número Médio			% Mortalidade
		Adultos 2 dias de idade	Fêmeas	Machos
0	20,0	19,6 ± 0,37	9,2	10,4	2,00
50,0	20,0	19,4 ± 0,37	8,9	10,5	3,00
100,0	20,0	15,8 ± 0,53	7,5	8,3	21,00
150,0	20,0	11,5 ± 0,75	5,5	6,0	42,50
200,0	20,0	6,5 ± 0,37	3,1	3,4	67,50
250,0	20,0	4,6 ± 0,37	2,2	2,4	77,00
300,0	20,0	0,4 ± 0,34	0,1	0,3	98,00
350,0	20,0	0	-	-	100,00
400,0	20,0	0	-	-	100,00
450,0	20,0	0	-	-	100,00
500,0	20,0	0	-	-	100,00
11 dias de idade
0	20,0	19,6 ± 0,30	9,6	10,0	2,00
50,0	20,0	19,4 ± 0,30	9,2	10,2	3,00
100,0	20,0	16,8 ± 0,53	8,2	8,6	16,00
150,0	20,0	16,5 ± 0,48	7,9	8,6	17,50
200,0	20,0	14,6 ± 0,53	7,5	7,1	27,00
250,0	20,0	8,0 ± 0,37	3,8	4,2	60,00
300,0	20,0	6,5 ± 0,37	2,9	3,6	67,50
350,0	20,0	3,5 ± 0,37	1,5	2,0	82,50
400,0	20,0	0,6 ± 0,34	0,2	0,4	97,00
450,0	20,0	0	-	-	100,00
500,0	20,0	0	-	-	100,00

CONCLUSÕES

• - As doses de 50,0 e 140,0 Gy afetaram ovos de O. sacchari com 2 e 7 dias de idade, respectivamente, causando letalidade nesta fase.

• - As doses de 160,0 e 240,0 Gy atendem ao critériode não emergência de adultos para lagartas de O. sacchari com 2 e 22 dias de idade, respectivamente, criadas em dieta artificial.

• - As doses letais para pupas de O. sacchari com 2 e 11 dias de idade foram 350,0 e 450,0 Gy, respectivamente.

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Datas de Publicação

• Publicação nesta coleção
  30 Set 2024
• Data do Fascículo
  Jul-Dec 2000

Histórico

• Recebido
  14 Abr 2000