Acessibilidade / Reportar erro

CONTROLE DO ÁCARO DA LEPROSE BREVIPALPUS PHOENICIS (GEIJSKES, 1939) (ACARI: TENUIPALPIDAE) EM POMAR CÍTRICO DE BEBEDOURO, SP

EFFECT OF ACARICIDES AGAINST THE LEPROSIS MITE BREVIPALPUS PHOENICIS (GEIJSKES, 1939) ON CITRUS ORCHARD OF BEBEDOURO, STATE OF SÃO PAULO

RESUMO

Com o objetivo de avaliar-se o efeito de acaricidas no controle do ácaro da leprose Brevipalpus phoenicis (Acari: Tenuipalpidae), na cultura dos citros, foi realizado este ensaio em Bebedouro, SP, no período de 14/3 a 26/7/2000. Foram testados os seguintes tratamentos e dosagens (g i.a./100 L de água): Testemunha; Flufenoxuron + Propargite (2,5 + 36 e 3,0 + 36); Flufenoxuron + Dicofol (2,5 + 36 e 3,0 + 36); Flufenoxuron + Chlorfenapyr (2,5+ 6,0; 2,5 + 7,5 e 3,0 + 7,5); Hexythiazox + Propargite (0,75 + 36), Flufenoxuron (5,0) e Hexythiazox (1,5). A pulverização foi realizada com pistola, acoplada a motor, proporcionando um volume de calda de 10 litros por planta. Foram realizadas avaliações prévias e aos 7, 15, 30, 45, 60, 75, 90 e 120 dias após a aplicação (DAT), contandose o número total de ácaros presentes em 10 frutos por parcela. Estes frutos foram coletados em sacos de papel e escovados em máquina de escova. Os ácaros foram depositadps em uma placa de vidro, contados em microscópio estereoscópico sob 10 aumentos. Concluiu-se que todos os tratamentos apresentram boa eficiência até 60 dias da aplicação e os tratamentos com Flufenoxuron + Dicofol (2,5 e 3,0 + 36,0 g i.a./100L); Flufenoxuron + Chlofenapyr (2,5 e 3,0 + 7,5 g i.a./100L) e Hexythiazox + Propargite (0,75 + 36 g i.a./100L) apresentaram os maiores períodos residuais, com bom controle de B. phoenicis por mais de 120 dias da aplicação.

PALAVRAS-CHAVE:
Acari; Brevipalpus phoenicis, acaricidas; citrus.

ABSTRACT

The experiment was carried out in Bebedouro County, State of São Paulo, in the period of 3/10 until 7/26/2000, in order to study the effect of acaricides on Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari: Tenuipalpidae) in citrus. The products tested and dosages in g AI/100L of water were: Check; Flufenoxuron + Propargite (2.5 + 36 e 3.0 + 36); Flufenoxuron + Dicofol (2.5 + 36 e 3.0 + 36); Flufenoxuron + Clorfenapyr (2.5+ 6.0; 2.5 + 7.5 e 3.0 + 7.5); Hexythiazox + Propargite (0.75 + 36), Flufenoxuron (5.0) and Hexythiazox (1.5). All of the acaricides induced significant reductions to the population of B. phoenicis up to 60 days after the application. Flufenoxuron + Dicofol (2.5 e 3.0 + 36.0 g A.I./100L); Flufenoxuron + Chlofenapyr (2.5 e 3.0 + 7.5 g A.I./100L) and Hexythiazox + Propargite (0.75 + 36 g A.I./100L) were efficient up to 120 days after the application for the control of the leprosis mite B. phoenicis in citrus orchard.

KEY WORDS:
Acari; Brevipalpus phoenicis, acaricides; citrus.

INTRODUÇÃO

O Estado de São Paulo é o principal produtor de citros, com 500 mil hectares plantados e uma produção estimada em 340 milhões de caixas. A região abrangida pela regional de Ribeirão Preto, SP, na qual está inserido o Município de Bebedouro, possui uma produção próximo à 160 milhões de caixas (40,8 kg), constituindo-se no principal centro citrícola do Estado (INSTITUTO ECONOMIA AGRÍCOLA, 1998INSTITUTO DE ECONOMIA AGRÍCOLA (São Paulo). Anuário IEA 1998. Série Inf. Est. Agric., São Paulo, v.10, n.1, p.12, 1999.).

O ácaro da leprose Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari: Tenuipalpidae) é presença constante nos pomares da região de Bebedouro, especialmente, nos meses de fevereiro a Julho. Este ácaro é vetor da doença "leprose dos citros" (MUSUMECI & ROSSETTI, 1963MUSUMECI, M.R. & ROSSETTI, V.V. Transmissão dos sintomas da leprose dos citros pelo ácaro Brevipalpus phoenicis. Cienc. Cult., São Paulo, v.15 n.3, p.228, 1963) que compromete seriamente a produtividade das plantas (OLIVEIRA, 1995OLIVEIRA, C.A.L. de. Aspectos ecológicos de Brevipalpus phoenicis. In: OLIVEIRA, C.A.L. DE & DONADIO, L.C. (Eds.) Leprose dos citros. Jaboticabal, SP: FUNEP, 1995. p.37-48.). O acarino tem preferência por frutos cítricos, sobretudo, aqueles com verrugose (CHIAVEGATO & KHARFAN, 1993CHIAVEGATO, L.G. & KHARFAN, P.R. Comportamento do ácaro da leprose Brevipalpus phoenicis (G.) (Acari: Tenuipalpidae) em citros. An. Soc. Entomol. Bras., v.22, n.2, p355-359, 1993.), sendo, portanto, sua incidência maior em frutos com danos da verrugose que em frutos lisos (MARTINELLI et al., 1976MARTINELLI, N.M.; OLIVEIRA, C.A.L. DE; PERECIN, D. Conhecimentos básicos para estudos que envolvam levantamentos da população do ácaro Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) na cultura dos citros. Científica, Jaboticabal, v.4, n.3, p.242-253, 1976.). É encontrado sobre mais de 80 hospedeiros, além de ser o vetor da mancha anular do cafeeiro (CHAGAS, 1978CHAGAS, C.M. Mancha anular do cafeeiro: Transmissibilidade, identificação do vetor e aspectos anatomopatológicos da espécie Coffea arabica L. afetada pela moléstia. São Paulo: 1978. 132p. [Tese (Doutorado) - Instituto de Biociências USP].). Se não controlado, adequadamente, causa prejuízos significativos devido a queda acentuada de frutos e folhas em pomares infestados.

Segundo NAKANO et al. (1981) as fêmeas deste ácaro medem cerca de 0,3 mm de comprimento por 0,07 mm de largura, sendo os machos menores e a cor de ambos são variáveis. Sua reprodução, na maioria das vezes, dá-se por partenogênese e os ovos são depositados sob qualquer proteção na superfície das plantas. Observam-se folhas, ramos e frutos atacados por este ácaro, acarretando nos ramos e folhas, manchas marrons circundadas por um halo amarelado (clorose zonada) e as folhas caem após 12 semanas do ataque do ácaro. Os frutos, enquanto verdes, apresentam-se com manchas deprimidas de cor marrom circundadas por um halo amarelado, sendo estes sintomas manifestados 2 semanas depois do ataque e os frutos caem 3 semanas depois (GALLO et al., 1988GALLO, D. (Coord.) Manual de entomologia agrícola. São Paulo: Agronômica Ceres,1988. 649 p.).

O método mais utilizado para o controle do ácaro da leprose é a intervenção química, visando manter a densidade populacional desta praga abaixo do nível de dano econômico (OMOTO, 1995OMOTO, C. Resistência de Brevipalpus phoenicis. In: OLIVEIRA, C.A.L. DE & DONADIO, L.C. (Eds.) Leprose dos citros. Jaboticabal, SP: FUNEP, 1995. p.179-188.). A utilização de turbo atomizadores para aplicação em pomares adultos, principalmente, os adensados com altos volumes de aplicação é recomendada por BOGGIO (1995)BOGGIO, A.M. Aspectos gerais sobre a aplicação de defensivos em citros. In: OLIVEIRA, C.A. L. DE & DONADIO, L.C. (Eds.) Leprose dos citros. Jaboticabal, SP, FUNEP, 1995. p.129-136.. Diversos trabalhos têm sido conduzidos nos últimos anos visando evidenciar novas tecnologias a disposição do citricultor para utilização no seu programa de manejo integrado de pragas (RAGA et al., 1990RAGA, A.; SATO, M.E.; CERÁVOLO, L.C.; ROSSI, A.C.; SCARPELLINI, J.R. Ação de acaricidas sobre o ácaro da leprose Brevipalpus phoencis (Geijskes, 1939) em pomar cítrico de presidente Prudente, SP. Ecossistema, Espirito Santo do Pinhal, v.15, p.90-103, 1990.; SCARPELLINI et al., 1991SCARPELLINI, J.R., SATO, M.E.; TAKEMATSU, A.P.; RAGA, A. Efeito de acaricidas sobre o ácaro da leprose Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari:tenuipalpidae) no Municipio de Bebedouro, SP. Rev. Agric., Piracicaba, v.66, n.2, p.183-192, 1991.; SATO et al., 1991SATO, M.E.; CERAVOLO, L.C.; ROSSI, A.C.; RAGA, A.; SCARPELLINI, J.R.; POTENZA, M.R. Controle do ácaro da leprose Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari: tenuipalpidae) em pomar cítrico de Presidente Prudente, estado de São Paulo. Arq. Inst. Biol., São Paulo, v.58 n.1/2, p.25-28, 1991.; SCARPELLINI & SANTOS, 1996SCARPELLINI, J.R. & SANTOS, J.C.C. Efeito de acaricidas sobre o ácaro da leprose Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari:tenuipalpidae). In: REUNIÃO ANUAL DO INSTITUTO BIOLÓGICO, 9., 1996. Arq. Inst Biol., São Paulo, v.63 (Supl.), p.56, 1996.; SCARPELLINI & SANTOS, 1999SCARPELLINI, J.R. & SANTOS, J.C.C. Efeito de acaricidas no controle do ácaro da leprose Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari:tenuipalpidae) em pomar citrico de Bebedouro, SP. Arq. Inst Biol., São Paulo, v.66, n.1, p.15-19, 1999.).

Dessa forma, dada a importância da praga em questão, e a ameaça de seleção de linhagens resistentes desta praga aos acaricidas (OMOTO,1995OMOTO, C. Resistência de Brevipalpus phoenicis. In: OLIVEIRA, C.A.L. DE & DONADIO, L.C. (Eds.) Leprose dos citros. Jaboticabal, SP: FUNEP, 1995. p.179-188.), foi realizado o presente estudo, visando observar o efeito de diversos acaricidas, aplicados isoladamente ou em mistura, para o controle do ácaro B. phoenicis.

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi realizado em Bebedouro, SP, em pomar de laranja cultivar Pêra-Rio, com 5 anos de idade, com espaçamento de 7 m x 3,5 m, iniciando-se o ensaio, com os frutos verdes, pouco acima do tamanho limão. Os tratamentos e respectivas dosagens utilizadas constam da Tabela 1. Adotou-se o delineamento estatístico de blocos ao acaso, com 11 tratamentos e 4 repetições, sendo cada parcela constituída de duas plantas úteis.

Tabela 1
Controle do ácaro da leprose Brevipalpus phoenicis. Tratamentos, produtos comerciais e dosagens. Bebedouro, SP, 14/3/2000.

A aplicação foi realizada em 14/3/2000, com pulverizador tratorizado equipado com pistola, utilizando-se volume de 10 litros de calda por planta, conduzindo-se o ensaio no período de 14/3 a 26/7/ 2000.

Foram realizadas avaliações previamente à pulverização e aos 7, 15, 30, 45, 60, 75, 90 e 120 dias após a aplicação, contando-se o número de ácaros presentes em dez frutos por parcela. Os frutos foram coletados em sacos de papel, trazidos ao laboratório e passados em uma máquina de varredura, sendo os ácaros coletados em uma placa de vidro e contados em microscópio estereoscópico sob 10 aumentos.

Os resultados obtidos foram transformados em x+0,5 (símbolo) e submetidos ao teste F de variância, e ao teste de Tukey, a 5% de probabilidade. Os percentuais de eficiência (% E) foram calculados segundo a fórmula de HENDERSON & TILTON (1955)HENDERSON, C.F. & TILTON, E.W. Tests with acaricides against the brown wheat mite. J. Econ. Entomol., v.48, n.1, p.157-161, 1955..

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Verifica-se pela Tabela 2 que a infestação inicial do ácaro da leprose estava relativamente uniforme, não havendo diferenças significativas entre os tratamentos, observando-se em média, mais de 2 ácaros por fruto. Aos 7 dias após o tratamento (7 DAT) todos os trata mentos diferiram da testemunha, mas não entre si. Apenas o Hexythiazox aplicado isolado a 1,5 g i.a./ 100 L não apresentou eficiência de controle satisfatória. Esta boa ação de choque do chlorfenapyr e do flufenoxuron também foi observada por SCARPELLINI & SANTOS (1999)SCARPELLINI, J.R. & SANTOS, J.C.C. Efeito de acaricidas no controle do ácaro da leprose Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari:tenuipalpidae) em pomar citrico de Bebedouro, SP. Arq. Inst Biol., São Paulo, v.66, n.1, p.15-19, 1999., com doses menores e obtendo também eficiências menores, mas satisfatórias.

Tabela 2
Número de ácaros da leprose1 1 Número total de ácaros da leprose vivos no tratamento, sem transformação. Brevipalpus phoenicis encontrados nos tratamentos (Nº), nas avaliações realizadas previamente e aos 7, 15, 30 e 45 dias após o tratamento (DAT). Teste de Tukey a 5 % e porcentagem de eficiência de controle (% E). Bebedouro - SP, 14/3 a 26/7/2000.
Tabela 3
Número de ácaros da leprose1 1 Número total de ácaros da leprose vivos no tratamento, sem transformação. Brevipalpus phoenicis encontrados nos tratamentos (Nº), nas avaliações realizadas previamente e aos 60, 75, 90 e 120 dias após o tratamento (DAT). Teste de Tukey a 5 % e porcentagem de eficiência de controle (% E). Bebedouro - SP, 14/3 a 26/7/2000.

Na avaliação realizada aos 15 DAT, observou-se que todos os tratamentos foram estatisticamente diferentes da testemunha, mas não entre si, sendo que todos apresentaram eficiência de controle satisfatória. Também aos 30 DAT, todos os tratamentos apresentaram eficiência de controle satisfatória, embora todos os tratamentos diferissem da testemunha, mas não entre si. Maior controle foram apresentados pelo Hexythiazox a 1,5 g i.a./100 L, Flufenoxuron + Dicofol a 3,0 + 36,0 g i.a./100 L e Flufenoxuron + Propargite a 3,0 + 36 g i.a./100 L.

Aos 45 dias após o tratamento (DAT) todos os tratamentos contendo acaricidas apresentaram eficiência de controle satisfatória, diferindo da testemunha mas não entre si. Resultados próximos ao limiar inferior foram apresentados por alguns tratamentos, especialmente nas menores dosagens. Resultados satisfatórios em todos os tratamentos foram obtidos aos 60 DAT. Tais resultados são semelhantes aos obtidos por RAGA et al. (1990)RAGA, A.; SATO, M.E.; CERÁVOLO, L.C.; ROSSI, A.C.; SCARPELLINI, J.R. Ação de acaricidas sobre o ácaro da leprose Brevipalpus phoencis (Geijskes, 1939) em pomar cítrico de presidente Prudente, SP. Ecossistema, Espirito Santo do Pinhal, v.15, p.90-103, 1990.; SCARPELLINI et al. (1991SCARPELLINI, J.R., SATO, M.E.; TAKEMATSU, A.P.; RAGA, A. Efeito de acaricidas sobre o ácaro da leprose Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari:tenuipalpidae) no Municipio de Bebedouro, SP. Rev. Agric., Piracicaba, v.66, n.2, p.183-192, 1991.); SATO et al. (1991)SATO, M.E.; CERAVOLO, L.C.; ROSSI, A.C.; RAGA, A.; SCARPELLINI, J.R.; POTENZA, M.R. Controle do ácaro da leprose Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari: tenuipalpidae) em pomar cítrico de Presidente Prudente, estado de São Paulo. Arq. Inst. Biol., São Paulo, v.58 n.1/2, p.25-28, 1991. e SCARPELLINI et al. (1999), que utilizando diversos produtos aqui testados, apresentaram excelente controle até esta data, iniciando-se a partir daí a reinfestação em alguns tratamentos.

Já aos 75 DAT, os tratamentos flufenoxuron + propargite a 2,5 + 36 g i.a./100 L, flufenoxuron a 5,0 g i.a./100 L e hexythiazox a 1,5 g i.a./100 L, já não apresentavam eficiência de controle satisfatória. Também aos 90 DAT obteve-se resultados semelhantes, quando além dos tratamentos anteriormente citados (flufenoxuron + propargite a 2,5 + 36 g i.a./100 L, flufenoxuron a 5,0 g i.a./100 L e hexythiazox a 1,5 g i.a./100 L), também o flufenoxuron + propargite a 3,0 + 36 g i.a./100 L e o flufenoxuron + chlorfenapyr a 2,5 + 6,0 g i.a./100 L não apresentavam mais eficiência de controle satisfatória.

Já aos 120 DAT observou-se que apenas o flufenoxuron + dicofol a 2,5 + 36 e 3,0 + 36 g i.a./100 L, o flufenoxuron + chlorfenapyr a 2,5 + 7,5 e 3,0 + 7,5 g i.a./100 L e hexythiazox + propargite a 0,75 + 36 g i.a./100 L, apresentaram porcentagem de eficiência de controle satisfatória.

Dessa forma infere-se que o flufenoxuron + propargite em ambas as doses não resultaram em acréscimo no período residual de controle, com relação ao flufenoxuron a 5,0 g i.a./100 L (aplicado isolado) flufenoxuron + dicofol a partir de 2,5 + 36 g i.a./100 L de água, bem como flufenoxuron + chlorfenapyr a partir de 2,5 + 7,5 g i.a./100 L apresentaram resultados promissores no controle do ácaro B. phoenicis.

CONCLUSÕES

Conclui-se que todos os produtos e dosagens empregados mostraram-se eficientes para o controle do ácaro da leprose até 60 dias após a aplicação, em Bebedouro, SP.

Flufenoxuron + propargite em ambas as doses resultaram em bom controle, embora não diferindo do flufenoxuron a 5,0 g i.a./100 L (aplicado isolado).

Flufenoxuron + dicofol a 2,5 + 36 e 3,0 + 36 g i.a./ 100 L de água, bem como flufenoxuron + clorfenapyr a 2,5 + 7,5 e 3,0 + 7,5 g i.a./100 L apresentaram maior período residual de controle do ácaro B. phoenicis que os demais tratamentos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  • BOGGIO, A.M. Aspectos gerais sobre a aplicação de defensivos em citros. In: OLIVEIRA, C.A. L. DE & DONADIO, L.C. (Eds.) Leprose dos citros. Jaboticabal, SP, FUNEP, 1995. p.129-136.
  • CHAGAS, C.M. Mancha anular do cafeeiro: Transmissibilidade, identificação do vetor e aspectos anatomopatológicos da espécie Coffea arabica L. afetada pela moléstia. São Paulo: 1978. 132p. [Tese (Doutorado) - Instituto de Biociências USP].
  • CHIAVEGATO, L.G. & KHARFAN, P.R. Comportamento do ácaro da leprose Brevipalpus phoenicis (G.) (Acari: Tenuipalpidae) em citros. An. Soc. Entomol. Bras., v.22, n.2, p355-359, 1993.
  • GALLO, D. (Coord.) Manual de entomologia agrícola. São Paulo: Agronômica Ceres,1988. 649 p.
  • HENDERSON, C.F. & TILTON, E.W. Tests with acaricides against the brown wheat mite. J. Econ. Entomol, v.48, n.1, p.157-161, 1955.
  • INSTITUTO DE ECONOMIA AGRÍCOLA (São Paulo). Anuário IEA 1998. Série Inf. Est. Agric., São Paulo, v.10, n.1, p.12, 1999.
  • MARTINELLI, N.M.; OLIVEIRA, C.A.L. DE; PERECIN, D. Conhecimentos básicos para estudos que envolvam levantamentos da população do ácaro Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) na cultura dos citros. Científica, Jaboticabal, v.4, n.3, p.242-253, 1976.
  • OLIVEIRA, C.A.L. de. Aspectos ecológicos de Brevipalpus phoenicis In: OLIVEIRA, C.A.L. DE & DONADIO, L.C. (Eds.) Leprose dos citros Jaboticabal, SP: FUNEP, 1995. p.37-48.
  • OMOTO, C. Resistência de Brevipalpus phoenicis. In: OLIVEIRA, C.A.L. DE & DONADIO, L.C. (Eds.) Leprose dos citros. Jaboticabal, SP: FUNEP, 1995. p.179-188.
  • MUSUMECI, M.R. & ROSSETTI, V.V. Transmissão dos sintomas da leprose dos citros pelo ácaro Brevipalpus phoenicis. Cienc. Cult, São Paulo, v.15 n.3, p.228, 1963
  • RAGA, A.; SATO, M.E.; CERÁVOLO, L.C.; ROSSI, A.C.; SCARPELLINI, J.R. Ação de acaricidas sobre o ácaro da leprose Brevipalpus phoencis (Geijskes, 1939) em pomar cítrico de presidente Prudente, SP. Ecossistema, Espirito Santo do Pinhal, v.15, p.90-103, 1990.
  • SATO, M.E.; CERAVOLO, L.C.; ROSSI, A.C.; RAGA, A.; SCARPELLINI, J.R.; POTENZA, M.R. Controle do ácaro da leprose Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari: tenuipalpidae) em pomar cítrico de Presidente Prudente, estado de São Paulo. Arq. Inst. Biol, São Paulo, v.58 n.1/2, p.25-28, 1991.
  • SCARPELLINI, J.R. & SANTOS, J.C.C. Efeito de acaricidas sobre o ácaro da leprose Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari:tenuipalpidae). In: REUNIÃO ANUAL DO INSTITUTO BIOLÓGICO, 9., 1996. Arq. Inst Biol, São Paulo, v.63 (Supl.), p.56, 1996.
  • SCARPELLINI, J.R. & SANTOS, J.C.C. Efeito de acaricidas no controle do ácaro da leprose Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari:tenuipalpidae) em pomar citrico de Bebedouro, SP. Arq. Inst Biol, São Paulo, v.66, n.1, p.15-19, 1999.
  • SCARPELLINI, J.R., SATO, M.E.; TAKEMATSU, A.P.; RAGA, A. Efeito de acaricidas sobre o ácaro da leprose Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari:tenuipalpidae) no Municipio de Bebedouro, SP. Rev. Agric, Piracicaba, v.66, n.2, p.183-192, 1991.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    16 Set 2024
  • Data do Fascículo
    Jul-Sep 2002

Histórico

  • Recebido
    25 Mar 2002
  • Aceito
    06 Ago 2002
Instituto Biológico Av. Conselheiro Rodrigues Alves, 1252 - Vila Mariana - São Paulo - SP, 04014-002 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: arquivos@biologico.sp.gov.br