RESUMO
Lagartas de 5o ínstar de Diatraea saccharalis Fabricius não parasitadas, recém-parasitadas e parasitadas 24, 48 e 72 horas após o primeiro parasitismo por Cotesia flavipes (Cameron) foram oferecidas a fêmeas fecundadas deste endoparasitóide que não haviam ovipositado anteriormente, com o objetivo de avaliar se estas discriminam entre lagartas parasitadas e não parasitadas. À primeira vista, as fêmeas de C. flavipes discriminam hospedeiros parasitados até 24 horas após o parasitismo. No entanto, a análise da razão sexual da prole originada de lagartas superparasitadas indicou que as fêmeas depositaram mais ovos que deram origem a machos, o que sugere a habilidade desta espécie em identificar hospedeiros anteriormente parasitados por fêmeas intraespecíficas, até mesmo alguns dias após o primeiro parasitismo. Não houve diferença significativa no número médio de ovos/hospedeiro, considerando as lagartas parasitadas somente uma vez e lagartas superparasitadas. Os tempos de desenvolvimento dos parasitóides que emergiram de lagartas desses dois grupos experimentais também não diferiram entre si. A viabilidade dos parasitóides que se desenvolveram em lagartas superparasitadas foi menor do que a registrada para os parasitóides que emergiram de hospedeiros parasitados apenas uma vez.
PALAVRAS-CHAVE:
Insecta; superparasitismo; razão sexual; controle biológico; broca da cana-de-açúcar.