RESUMO
A brucelose ovina, causada pela Brucella ovis, é responsável por perdas econômicas, com prejuízos para a produção de leite, carne e fertilidade do rebanho. O objetivo do trabalho foi comparar as técnicas de Imunodifusão em Gel de Agar e ELISA em soros de ovinos de cabanhas, da região Centro-Oeste do Estado de São Paulo, que registram seus animais na Associação Paulista dos Criadores de Ovinos, correlacionando os resultados obtidos na imunodifusão em gel de ágar sem 2-mercaptoetanol (ID S/2-ME), imunodifusão em gel de ágar com 2-mercaptoetanol (ID C/2-ME) e ELISA ao quadro clínico dos animais. Dos 1.033 soros analisados, observou-se 12% de positivos a ID S/2-ME, 1,1% de positivos a ID C/2-ME e 6% considerados suspeitos ao ELISA. A ID C/2-ME não foi capaz de detectar os animais reagentes ao teste de ELISA. Uma vez que as reações no ELISA foram somente suspeitas, não se pode afirmar que os animais fossem positivos. Os melhores resultados foram observados com a ID S/2-ME e ELISA. Ressalta-se a baixa concordância entre as provas sorológicas avaliadas. A aplicação associada da ID S/2-ME ao ELISA deve ser incentivada para o diagnóstico da brucelose ovina por possibilitar resultados mais confiáveis.
PALAVRAS-CHAVE:
Brucella ovis
; imunodifusão em gel de ágar; ELISA; brucelose ovina; 2-mercaptoetanol