RESUMO
Com a finalidade de conhecer a presença de agentes virais em rãs-touro provenientes de criações comerciais, foram encaminhados para exame por microscopia eletrônica de transmissão, amostras de tecido muscular de animais abatidos comercialmente (1 caso); de fígado (2 casos) e de fígado e líquido ascítico (1 caso), de animais mortos por diferentes causas. Foi observada a presença de partículas semelhantes ao grupo Herpes em nódulos presentes na musculatura de animais abatidos em matadouro; grupo Herpes em fígado de animais mortos por intoxicação; grupo Herpes em fígado e no líquido ascítico e grupo Toga somente no líquido ascítico em animais que morreram por deficiência nutricional e grupo Paramixo em girinos mortos pela má qualidade da água devido a alterações ambientais. Acredita-se que nenhum destes grupos estejam envolvidos diretamente com as lesões e mortalidade e se desconhece sua importância como agentes primários ou oportunistas, em relação às rãs criadas intensivamente. Destes vírus, somente o grupo Herpes está relacionado à ocorrências conhecidas, exclusivamente em anfíbios silvestres. Estas são as primeiras observações por m.e.t. de partículas virais nesta espécie animal, no Brasil.
PALAVRAS-CHAVE:
Rã-touro; Rana catesbeiana; patologia; vírus.