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RESPOSTAS SOROLÓGICAS DE BOVINOS À VACINA EXPERIMENTAL CONTRA COLIBACILOSE E SALMONELOSE* * Part of PhG thesis, presented in 2002, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - Campus de Jaboticabal- UNESP.

SEROLOGICAL RESPONSES OF BOVINE TO EXPERIMENTAL VACCINES AGAINST BOVINE COLIBACILOSE AND SALMONELOSE

RESUMO

Foi avaliada a resposta imune de uma vacina experimental em 46 vacas prenhes, em final de gestação, cerca de 6 semanas antes do parto. Estimulados por uma ou duas doses, de vacina mista anti-Escherichia coli e Salmonella Dublin (VES) ora sem adjuvante, ora em veículo aquoso, ora em veículo oleoso. O título de anticorpos anti-K99+ de Escherichia coli, anti-H (AHS) e anti-O (AOS) de Salmonella Dublin, foi determinado pelo método de soroaglutinação em tubos, em amostras de soro colhidas na pré-vacinação, aos 21 dias, 42 dias e pós-parto, após início das vacinações; dos bezerros na 1a, 2a, 4a semana, ou até se verificar a ausência de título; e colostro após parto. Para as aglutininas anti-K 99 da Escherichia coli, após a vacinação com VES o título geométrico médio (TGM) apresentou uma taxa média de aumento de 283%, na 1a dose, e 320% na 2a dose. Para as aglutininas anti-H da Salmonela Dublin, após a vacinação com VES o TGM apresentou uma taxa média de aumento de 260%, na 1a dose, e 348% na 2a dose. Para as aglutininas anti-O da Salmonella Dublin, após a vacinação com VES o TGM apresentou uma taxa média de aumento de 59,2%, na 1a dose, e 259% na 2a dose. A vacina mista VES, independentemente da presença ou do tipo de adjuvante, induziu a produção de aglutininas nas vacas vacinadas, que foram transferidas para os bezerros através do colostro. A vacina em veículo aquoso ou oleoso, aplicada com dose de reforço, mostrou ser mais eficiente no controle da colibacilose e salmonelose bovina.

PALAVRAS-CHAVE:
Vacinação; diarréia bovina; Escherichia coli; Salmonella Dublin.

ABSTRACT

The immunity response of experimental vaccines was evaluated in 46 pregnant cows, in late gestation, about 6 weeks before calving. This was done through the titers of antibodies from the serum and the colostrum of cows and from the serum of calves, natural and/or stimulated by one or two doses of a mixed vaccine anti-Escherichia coli and Salmonella Dublin (ESV), with and/or without adjuvant, in aqueous or oily vehicle. The titer of antibodies anti-K99+ of Escherichia coli, anti-H (A.H.S.) and anti-O (A.H.O.) of Salmonella Dublin was determined through the method of agglutination in tube, in serum samples collected before vaccination, at the 21st. and the 42nd days, and at the post-parturition, right after the vaccinations had started. In the case of the calves this happened at the 1st, 2nd and 4th weeks, or until the title absence was noticed; and colostrum after calving. For the anti-K 99 agglutinins of the Escherichia coli, after the vaccination with ESV the geometric mean titre (GTM) was on average increased by 283% in the 1st dose, 320% in the 2nd dose. For the aglutininas anti-H of the Salmonella Dublin, after the vaccination with ESV the GMT was on average increased by 260% in the 1st dose, 348% in the 2nd dose. For the aglutinins anti-O of the Salmonella Dublin, after the vaccination with ESV, the GTM was on average increased by 59.2% in the 1st dose, 259% in the 2nd dose. The vaccine mixed ESV, independently of the presence or of the adjuvante type, induced the aglutinin production in the vaccinated cows, which were transferred to the calves through the colostrum. The vaccine in aqueous or oily vehicle, applied with boosters doses, showed to be more efficient in the control of the bovine colibacilose and salmonelose.

KEY WORDS:
Vaccination; bovine diarrhea; Escherichia coli; Salmonella Dublin.

INTRODUÇÃO

A salmonelose e a colibacilose são enfermidades bacterianas infecto-contagiosas ocasionadas por estirpes patogênicas de Salmonella Dublin (SD) e Escherichia coli enterotoxigênica (ETEC) que afetam os bovinos lactantes, ocasionando elevados prejuízos econômicos (WITTUM et al., 1993WITTUN, T.E.; SALMAN, M.D.; OODDE, K.G.; MORTIMER, R.G.; KING, M. E. Causes and costs of calf mortality in Colorado beef herds participating the National Animal Health monitoring System. J. Am. Vet. Med. Assoc., v.203, p.232-235, 1993.). A Escherichia coli enterotoxigênica ETEC causa diarréia em bezerros com menos de duas semanas de idade e a SD acima de duas semanas. Os animais que sobrevivem a essas doenças não apresentam o mesmo desenvolvimento quando comparados àqueles que se mantiveram livres destas infecções. (LIBERAL, 1989LIBERAL, M.H.T. Controle da salmonelose em bezerros jovens pela vacinação. Niterói: PESAGRO, 1989. 11p. (documentos, n.17).; MAGALHÃES et al., 1991MAGALHÃES, H.; FREITAS, M.A.; GONÇALVES, W.M. Ocorrência, aspectos bacteriológicos e histopatológicos na colibacilose de bezerros. Pesq. Agropec. Bras., v.29, p.555-564, 1991.).

O conjunto de dados disponíveis sobre a epidemiologia das infecções por Salmonella Dublin, Salmonella Tiphymurium e ETEC, nos países desenvolvidos e no Brasil, permite inferir que estes agentes estão entre as principais infecções bacterianas graves e constituem uma das principais causas de mortalidade em bezerros (ACRES, 1985ACRES, E.D. Enterotoxigenic Escherichia coli infections in newborn calves: a review. J. Dairy Sci., v.68, p.229-56, 1985.; BRITO et al.,1986BRITO, M.S.M.; NUNES, M.P.; RANGEL, F.B.; LAZARO, N.S. Detecção de enterotoxina termo-estável em amostras de Salmonella dublin, isoladas de processos diarréicos de bezerros tipo leiteiro no Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Ver. Bras. Med. Vet., v.8, p.165-167, 1986.; ÁVILA et al., 1988ÁVILA, F.A.; ÁVILA, S.H.P.; SCHOCKEN-ITURRINO, R.P.; LALLIER, R.; QUITANA, J.L. Escherichia coli isolated from calves with diarrhea in the northern region of State of São Paulo, Brasil. Ars Vet, v.4, p.285-289, 1988.; LIBERAL, 1989LIBERAL, M.H.T. Controle da salmonelose em bezerros jovens pela vacinação. Niterói: PESAGRO, 1989. 11p. (documentos, n.17).)

Estratégias para reduzir a incidência e severidade da diarréia pela SD e ETEC no rebanho bovino têm sido consideradas prioridades para minimizar as grandes perdas econômicas ocasionadas. As vacinas têm tido um maior impacto na prevenção e controle, mas as medidas estratégicas que se utilizam de melhorias sanitárias, do uso de antibióticos e da administração de colostro aos neonatos também são de grande importância, e devem ser consideradas parte integral nos programas de saúde animal (WRAY & MORRIS, 1985WRAY, C. & MORRIS, J. A. Aspects of colibacillosis in farm animals. J. Hyg. Camb., v.95, p.577-593. 1985.; PADOLA et al., 1998PADOLA, N.L.; TIANO, M.; SANZ, M.E.; CIVIT, A. Estudio de la respuesta humorla del bovino a Escherichia coli y Salmonella dublin. Rev. Med. Vet., v.79, p.371-376, 1998.).

O antígeno "O", constituido pelo lipopolissacarídeos (LPS) da parede celular de Salmonella sp. é um importante fator de virulência por influenciar as interações com macrófagos, ativar o sistema complemento e funcionar como uma endotoxina (DESIDERIO & CAMPBELL, 1985DESIDERIO, J.V. & CAMPBELL, S.G. Immunization against experimental murine salmonelosis with liposome associated O-antigen. Infect. Immun., v.48, p.658-663, 1985.). Segundo ROBERTSON et al. (1982)ROBERTSON, J.A.; SUENSON, S.B.; LINDBERG, A.A. Salmonella typhimurium infection in calves delayed especific skin reactions directed against the O-antigenenic polyscharide chain. Infect. Immun., v.37, p.737-748, 1982. quanto maior a quantia de LPS, na parede celular bacteriana, maior a proteção da célula à ação de anticorpos anti-O, complemento e dos efeitos líticos das enzimas lisossomais quando introduzida dentro do fagolisossomo. A Escherichia coli é o microrganismo mais abundante da microbiota intestinal dos bezerros; e como anaeróbio facultativo, desempenha um importante papel na manutenção das funções fisiológicas normais de seus hospedeiros. No entanto, é também um importante patógeno e algumas cepas desenvolveram a capacidade de colonizar, invadir e produzir toxinas (ACRES, 1985ACRES, E.D. Enterotoxigenic Escherichia coli infections in newborn calves: a review. J. Dairy Sci., v.68, p.229-56, 1985.).

A ETEC age fundamentalmente no intestino delgado pelos mecanismos de aderência, colonização e produção de toxina, que são os fatores essenciais para instalação do desequilibrio hidro-eletrolítico e geração de diarréia. A fixação da bactéria nas células das vilosidades intestinais ocorre através de suas fímbrias (NAVEL et al., 1984NAVEL, M.W.; ZUSMAN, T.; SKUTELSKY, E.; RON, E.Z. Adherence pili in avian strains of Escherichia coli: effect on pathogenicity. Avian Dis., v.28, p.651-661, 1984.). A patogênese da diarréia causada pela ETEC é similar a da cólera, pois a bactéria uma vez aderida ao epitélio intestinal, produz toxina e estimula a secreção local de eletrólitos e água para luz intestinal (MOON & BUNN, 1993MOON, H.W. & BUNN, T.O. Vaccines for preventing enterotoxigenic Escherichia coli infecctions in farm animal. Vaccine, v.11, p.213-220, 1993.).

A proteção contra doenças entéricas só tem lugar quando os anticorpos, principalmente das classes IgA e IgG1 colostrais, são ingeridos pelos bezerros recém-nascidos. Vacas prenhes no final de gestação, ao receberem a vacinação, transmitem aos bezerros uma proteção inicial através do colostro (MYERS, 1980MYERS, L.L. Passive protection of calves against experimentally induced and naturally occurring enteric colibacillosis. Am. J. Vet. Res., v.41, p.19521956, 1980.).

A vacinação de fêmeas prenhes, usando células mortas de Salmonella sp. adsorvidas em diferentes adjuvantes, tem demonstrado que estas produzem anticorpos anti-O e anti-H (MORTOLA et al., 1992MORTOLA, M.E.; PENNIMPEDE, P.E.; ARAUZ, P.M.; LAZOVICH, L.S.; NAUMOVICH, T.D. Calve samonellosis: prophylaxi by maternal immunization. Av. Cienc. Vet., v.7, p.203208, 1992.). Duas doses de bacterina de SD, por via subcutânea, nos últimos meses de gestação de fêmeas e uma dose em bezerros entre 15 e 30 dias de vida, foram eficientes para redução da taxa de mortalidade. Os poucos casos de salmonelose que persistiram foram atribuídos às falhas na vacinação, desnutrição ou "status" imunológico dos animais (LIBERAL, 1989LIBERAL, M.H.T. Controle da salmonelose em bezerros jovens pela vacinação. Niterói: PESAGRO, 1989. 11p. (documentos, n.17).).

No caso da Escherichia coli, as vacinas podem ser mais específicas, se preparadas com a presença do antígeno K99 (MYERS, 1980MYERS, L.L. Passive protection of calves against experimentally induced and naturally occurring enteric colibacillosis. Am. J. Vet. Res., v.41, p.19521956, 1980.; GARCIA et al., 1994GARCIA, M.; LEITE, D.S.; YANO, T. Evaluation of an oil emulsified vaccine against bovine colibacillosis using semi-purified K99-F41 adhesins. Braz. J. Res. Anim. Sci., v.31, p.225-232, 1994.). Quando são emulsionadas em óleo mineral ou adsorvidas em hidróxido de alumínio, determinam o aumento na duração da imunidade em vacas e reduzem a mortalidade de bezerros (ANDERSON et al., 1971ANDERSON, J.; SMITH, B.P.; ULRICH, J.T. Vaccination of calves with a modifie1d bacteria or oil-in-water emulsion containing alkali-detoxified Salmonella typhimurium lipopolysaccharide. Am. J. Vet. Res., v.52, p.596-9, 1971.; COLLINS et al., 1988COLLINS, N.F.; HALDUR, T.; SCHWENCK, W.H. Duration of immunity and efficacy of an oil emulsion Escherichia coli bacterin in catle. Am. J. Vet. Res., v.49, p.674-677, 1988.).

No Brasil, ÁVILA et al. (1986)ÁVILA, F.A.; ÁVILA, S.H.P.; SCHOCKEN-ITURRINO, R.P.; QUITANA, J.L. Evaluation of the immmunizing efficiency of a pili K99-Bearing vaccine for the protection of catlhe against colibacillosis. Ars Vet., v.2, p.217-220, 1986. verificaram que estas vacinas induzem à produção de anticorpos nas vacas vacinadas e que estes são transferidos para os bezerros ao amamentarem-se de colostro. Observaram também que após desafio, os bezerros se mostraram imunes, o que permitiu concluir que a vacina é eficiente no controle da diarréia de bezerros causadas pela ETEC.

Diante das considerações acima, procurou-se desenvolver e avaliar uma vacina mista, com as bactérias Escherichia coli e Salmonella Dublin (VES), tendo o objetivo de comparar os diferentes tipos de adjuvantes e doses da vacina, no controle de diarréias em bezerros causadas por ETEC e SD.

MATERIAL E MÉTODOS

Neste estudo, foram utilizadas quarenta e seis vacas prenhes, em final de gestação, junto ao Laticínio Fazenda Globo, propriedade leiteira, localizado na região Noroeste do Estado de São Paulo, divididas em sete grupos e submetidas a diferentes tratamentos O grupo I (n = 9) constituído de vacas não vacinadas que receberam duas doses de placebo, as quais permaneceram como controle. Grupo II (n = 6 ) constituído de vacas que receberam duas doses de vacina experimental anti-Escherichia coli K99+ e anti-Salmonella Dublin com hidróxido de alumínio. Grupo III (n = 6) constituído de vacas que receberam uma dose da mesma vacina experimental. Grupo IV (n = 7) constituído de vacas que receberam duas doses da vacina experimental com adjuvante oleoso. Grupo V (n = 6) constituído de vacas que receberam uma dose da mesma vacina experimental. Grupo VI (n = 6) constituído de vacas que receberam duas dose da vacina experimental sem adjuvante. Grupo VII (n =6) constituído de vacas que receberam uma dose da mesma vacina. Nos grupos que receberam uma única dose da vacina, esta foi administrada por volta da 6a semana antes do parto, e nos grupos que receberam duas imunizações, a segunda foi aplicada num intervalo médio de 21 dias após a primeira dose.

Vacina

A vacina (bacterina) foi preparada utilizando-se uma amostra de Escherichia coli enterotoxigênica portadora do pili K99, sorotipo O101:K30:K99, amostra 483, isolada de bezerro com diarréia e uma amostra de Salmonella Dublin, estirpe SDJ, também isolada de bezerro com pneumo-enterite. Uma vacina foi adsorvida em emulsão água em óleo do tipo AIF (vacina oleosa) outra com adjuvante à base de hidróxido de alumínio = Al (OH)3 (vacina aquosa) e outra sem adjuvante (VANSELOW, 1987VANSELOW. The application of adjuvantes to veterinary medicine. Veterinary Bulletin, v.57, n.11, p.881-896, 1987.). Cada dose de 5 ml de vacina continha 5,0 x 109 microorganismo de Escherichia coli e 7,5 x 109 microorganismo para Salmonella Dublin (COLLINS & CAMPBELL, 1982COLLINS, F.M. & CAMPBELL, S.G. Immunity to intracellular bacteria. Vet. Immunol. Immunopathol., v.3, p.65-66, 1982.; ÁVILA et al., 1986ÁVILA, F.A.; ÁVILA, S.H.P.; SCHOCKEN-ITURRINO, R.P.; QUITANA, J.L. Evaluation of the immmunizing efficiency of a pili K99-Bearing vaccine for the protection of catlhe against colibacillosis. Ars Vet., v.2, p.217-220, 1986.; LIBERAL et al., 1989).

Monitoramento Clínico

Todas as vacas foram examinadas clinicamente a fim de se observar alguma reação pós-vacinal, e os bezerros foram avaliados todos os dias em relação à temperatura e à qualidade das fezes (normais, leve diarréia, diarréia aquosa).

Sangue e Colostro

Amostras de sangue foram coletadas de cada animal dois dias antes da vacinação para dosagem de anticorpos pré-vacinais, e a cada vinte uns dias após cada vacinação até o dia do parto. No pós-parto, foram coletadas amostras de colostro antes de se iniciarem as amamentações, e de sangue, anticorpos pós-vacinais. Dos bezerros foram colhidas amostra de sangue na 1a semana vida.

Pesquisa Sorológica

Anticorpos contra o antígeno K99

Para titulação de anticorpos contra o antígeno de aderência K99 no soro e no colostro, foi utilizada a técnica de soro-aglutinação em tubos, conforme técnica relatada por ÁVILA et al. (1986)ÁVILA, F.A.; ÁVILA, S.H.P.; SCHOCKEN-ITURRINO, R.P.; QUITANA, J.L. Evaluation of the immmunizing efficiency of a pili K99-Bearing vaccine for the protection of catlhe against colibacillosis. Ars Vet., v.2, p.217-220, 1986..

Preparo do antígeno K99

Para obtenção do antígeno de aderência K99, uma estirpe enterotoxigênica (Sta+) de Escherichia coli sorotipo O9:K35:K99 foi cultivada em meio de MINCA, repicada para o meio CYE, ambas incubadas a 37º C, durante 24 horas. Após a incubação foi realizada centrifugação e lavagem (3 vezes) em solução fisiológica (SF) visando à eliminação da proteína do meio de cultura. A seguir, ajustando a suspensão bacteriana final com SF para corresponder ao grau 3,5 (± 9 X 108 bactérias/mL) da escala de MacFarland. Para cada 10 mL da suspensão bacteriana, foi adicionando 0,5 mL da solução de aldeído fórmico a 10 %.

Pesquisa de anticorpos contra Salmonella Dublin

Preparo dos antígenos somáticos "O" e flagelar "H" de SD

Para a produção do antígeno "O", a amostra de Salmonella Dublin (SBJ) foi cultivada em garrafa Roux contendo 200 mL de ágar nutriente, à temperatura de 37º C durante 18 horas. A massa bacteriana formada foi colhida da superfície do ágar, mediante sucessivas lavagens com e raspagem com bastão de vidro solução salina. A seguir, para a inativação da suspensão antigênica, foi adicionado álcool etílico na proporção de 50% (v/ v), homogeneizada e incubada a 38º C por 24 horas. Para a produção do antígeno "H", foram selecionadas bactérias com grande motilidade, através do cultivo da amostra de Salmonella Dublin (SBJ) em tubo "U". Um "pool" destas bactérias foi incubado em 500 mL de meio BHI, a 37º C por 18 horas. Após este período de cultivo, era feita a inativação da suspensão bacteriana mediante a adição de 0,5% de formol (formaldeído em solução a 40%) gradativamente, sob agitação constante e, em seguida, mantido em estufa a 37º C durante 24 horas sob agitação constante.

Anticorpos contra os antígenos "O" e "H" de SD

Para pesquisa de anticorpos contra os antígenos "O" e "H" de SD no soro e colostro, foi utilizada a técnica de aglutinação em tubos, seguindo os princípios básicos da clássica reação de WIDAL para diagnóstico da salmonelose humana (BIER, 1984BIER, O.G. Microbiologia e imunologia. 23. ed. São Paulo: Melhoramentos, 1984. cap. 32, p.627-635: Salmonella e Escherichia.; ARAUJO, 1995ARAUJO, J.I. Infecção natural por Salmonella typhimurium em cobaias (Cavia porcellus), em um biotério de centro de pesquisa. Desenvolvimento e avaliação da eficácia de uma vacina específica. Jaboticabal: 1995. 67p. [Dissertação (Mestrado em Patologia Animal) - Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista].).

Análise Estatística

Para análise estatística dos resultados, estabeleceram-se os valores dos títulos geométricos médios utilizando-se a transformação logarítmica em escala log10 dos títulos de anticorpos anti-ETEC e anti-SD. Para a análise das diferenças entre títulos de anticorpos pré e os grupos pós-vacinais foi utilizada a análise de variância. Quando a análise de variância mostrou diferenças consideradas significativas, foi utilizado o teste de Tukey para comparação grupo a grupo, em nível de significância (p < 0,05). O coeficiente de correlação (r) foi usado para determinar a relação entre a variável título de anticorpos vacinais de colostro em vacas e soros de bezerros (GOMES, 1987GOMES, F.P. Curso de estatística experimental. 12. ed. Piracicaba: Nobel, 1987. 298p.).

RESULTADOS

Os anticorpos naturais foram detectados, embora em baixa concentração, em todos os grupos vacinais, na fase de pré-vacinação para todos os três antígenos pesquisados (Figs. 1, 2 e 3). A análise dos títulos de anticorpos anti-K99 pré-vacinais demonstrou 17 (36,9%) vacas com títulos geométricos médio (TGM) adquiridos naturalmente. Semelhante situação foi observada em 16 (34,8%) vacas para o AHS e para AOS.

Fig. 1
Cinética da produção de anticorpos anti-K99 de Escherichia coli no soro de vacas imunizadas com VES.

O valor do TGM de anticorpos naturais anti-K99 pré-vacinação (PV) foi de 0,53. Aos 21 dias, no período pós-vacinal, o TGM evoluiu para 2,03, um aumento de 283%. Para G2 e G4, a partir da segunda dose de vacina, no 42o dia, respectivamente, observou-se um aumento de 32% e 22% nos níveis do título de anticorpos. A melhor resposta à vacina foi observada no G4 (Fig. 1).

O valor do TGM de anticorpos anti-H, PV foi de 0,58 e manteve-se inalterado nas diferentes fases do trabalho, no grupo controle. Aos 21 dias, no período pós-vacinação, o TGM evoluiu para 2,60, um aumento de 348%. Para G2 e G4, a partir da segunda dose de vacina, no 42o dia, respectivamente, observou-se um aumento de 17% e 50%, nos níveis do título de anticorpos. A vacinação induziu um aumento significativo do título de anticorpos para os grupos vacinais G2, G3 e G4 (p < 0,0001) aos 42o dias em relação aos demais grupos, com um aumento de título, respectivamente de 309, 550 e 475% (p < 0,0001) (Fig. 2).

Fig. 2
Cinética da produção de anticorpos anti-H de Salmonella Dublin no soro de vacas imunizadas com VES.

O valor do TGM de anticorpos PV anti-O foi de 0,27 e também se manteve inalterado nas diversas fases do trabalho, no grupo controle. Os níveis de anticorpos pós-vacinais tenderam a ser mais elevados para as vacinas aquosa e oleosa, quando em duas doses, respectivamente 1,12 e 1,22, porém a diferença em relação aos demais grupos não foi significativa, no 42o dia (p = 0,194). Para G2 e G4, a partir da segunda dose de vacina, no 42.º dia, respectivamente, observou-se um aumento de 315% e 516%, nos níveis do título de anticorpos, em relação à fase anterior no 21o dia (Fig. 3).

Fig. 3
Cinética da produção de anticorpos anti-O de Salmonella Dublin no soro de vacas imunizadas com VES.

A Tabela 1 demonstra que os níveis de anticorpos anti-K99 e anti-H, nos bezerros filhos de mães imunizadas com duas doses de vacina oleosa (G2 e G4), apresentaram na primeira semana de vida, títulos mais elevados quando comparados com os vacinados sem adjuvantes (G6 e G7) e controle (p < 0,0001).

Tabela 1
Título geométrico médio de anticorpos passivos anti-K99, anti-O e anti-H em soro de bezerros, filhos de mães vacinadas com a VES e grupo controle, na 1a semana de vida.

Na Tabela 2 é apresentado o valor do TGM de anticorpos para os diferentes antígenos pesquisados a partir de colostro das vacas, dos diferentes esquemas de imunização. Para o TGM anti-K99, o melhor resultado obtido foi 2,85 observado no colostro de vacas imunizadas com duas doses de VES, em veículo oleoso, embora não tenham sido encontradas diferenças estatísticas significativas entre os grupos vacinais. O TGM anti-H, utilizando duas doses de vacina, em veículo aquoso e oleoso, mostrou os valores de (3,86 e 3,56) respectivamente; foram os melhores resultados (p < 0,0001). Para anti-O, o TGM de anticorpos foi um pouco maior no G2 (1,27), G3 (1,17), G4 (1,05) e G6 (1,07), porém as diferenças entre os quatro grupos e os demais não são estatisticamente significativas (p = 0,250). O nível de anticorpo presente no colostro para os diferentes esquemas de imunização foi sempre mais alto que aquele observado nos soros das vacas e bezerros.

Tabela 2
Título geométrico médio de anticorpos antiK99, anti-O e anti-H presentes no colostro de vacas vacinadas com a VES e grupo controle.

Através do coeficiente de correlação (r) ficou demonstrada forte evidência da transferência de anticorpos anti-K99, anti-O e anti-H: do colostro aos bezerros, independentemente do número de aplicações e da presença ou ausência de adjuvante. Correlação significativa (p < 0,0001) foi obtida para transferência de anticorpos anti-H pelo colostro com r=0,88. Para os anticorpos anti-O foi r=0,77 e para os anticorpos anti-K99 foi r=0,75.

DISCUSSÃO

Neste trabalho, a vacinação com VSE induziu a um aumento significativo dos títulos de anticorpos anti-K99 e anti-SD, que foram transferidos aos bezerros ao se amamentarem de colostro. PORTER et al. (1975)PORTER, P.; KENWORTHY, R.; THOMPSON, I. Oral imunisation and its significance in the prophylactic control of enteritis in the preruminant calf. Vet. Rec., v.97, p.24, 1975. trabalhando com uma bacterina mista observaram uma significativa redução na incidência, duração das diarréias, no uso de antibióticos e medicamentos. Observaram ainda que os bezerros apresentaram melhor ganho de peso e melhor apetite para concentrados.

No presente estudo foi detectada a presença de aglutininas na fase pré-vacinal, que possivelmente pode ser explicada pela existência de ambientes contaminados, que favorecem à contínua exposição dos animais aos microrganismos, ou a vacinações anteriores. Esta hipótese foi confirmada por WRAY et al. (1975)WRAY, C.; MORRIS, J.A.; SOJKA, W.J. A Comparison of indirect haemagglutination test and serum agglutination tests for the serological diagnosis of Salmonella Dublin infection in cattle. Br. Vet. J., v.131, p.27-37, 1975. que estudaram oito rebanhos leiteiros infectados com sorotipos de Salmonella spp. Em todos foram detectados títulos de aglutininas anti-O tanto nos aparentemente infectados, como nos não infectados.

Para WRAY & SOJKA (1977)WRAY, C. & SOJKA, W.J. Review of the progress of dairy science: bovine salmonellosis. J. Dairy Res., v.44, p.383-425, 1977. altos títulos de aglutininas anti-Salmonella são capazes de proteger bezerros quando desafiados com infecção por Salmonella Typhimurium. Em nosso estudo, as aglutininas anti-O estiveram presentes no colostro para os diferentes esquemas de imunização, principalmente após a 2a dose vacinal. E para anti-H, a utilização de dose de reforço vacinal também mostrou melhores resultados.

COLLINS et al. (1988)COLLINS, N.F.; HALDUR, T.; SCHWENCK, W.H. Duration of immunity and efficacy of an oil emulsion Escherichia coli bacterin in catle. Am. J. Vet. Res., v.49, p.674-677, 1988. avaliando a eficiência de uma bacterina anti-colibacilose em emulsão de óleo, comparando uma e duas doses, com relação à duração da imunidade, não observaram diferenças no T.G.M.; fato também observado no presente estudo. Consideram ainda, em aspectos práticos da vacinação, que uma só dose é preferível à aplicação de múltiplas doses, pois oferece mesma proteção via anticorpo maternal.

Nas amostras de soro de bezerros que se amamentaram do colostro, foi detectada a presença de aglutininas para os antígenos K99 na primeira semana de vida. A maioria dos casos clínicos por ETEC ocorre em bezerros jovens com menos de uma semana de idade, período em que esses animais são sensíveis à colonização pela Escherichia coli em nível intestinal. As Escherichia coli são as primeiras bactérias a infectar o trato gastrintestinal e já estão presentes no final do primeiro dia de vida por transmissão fecal-oral. Estes fatos, associados ao resultado deste trabalho, indicam que é possível prevenir a diarréia neonatal por ETEC, pois corresponde ao período em que os anticorpos protetores estiveram presentes no soro dos bezerros imunizados passivamente.

A utilização de vacinas sem adjuvantes mostrou uma resposta imunológica fraca em relação às vacinas em veículo aquoso e/ou oleoso. BACHMANN et al. (1984)BACHMANN, P.A.; BALJER, G.; GMELCH, X.; EICHHORN, W.; PLANK, P. Vaccination of cows with K99 and Rotavirus antigen: potency of K99 antigen combined with different adjuvants in stimulating milk antibody secretion. Zentralblatt-fur Veterinarmedizin B., v.31, p.660-668, 1984. encontraram resultados similares ao trabalharem com uma bacterina de Escherichia coli com e sem adjuvante oleoso. A suspensão sem adjuvante não foi imunogênica no primeiro mês de vida, enquanto à incorporada em adjuvante oleoso permitiu detectar uma satisfatória resposta humoral.

Durante o decorrer do experimento não foi observado, em nenhuma fêmea vacinada, reação adversa grave que pudesse ser atribuída à vacina. Apenas em dois animais vacinados com a vacina oleosa (5,4%) e um animal (2,7%) em veículo aquoso, observou-se aumento de volume e sensibilidade à palpação no local de injeção, portanto a vacina pode ser considerada segura e pouco reativa. Esta constatação também foi relatada após o término de um trabalho sobre vacinas contra salmonelose e colibacilose bovina por COLLINS et al. (1988)COLLINS, N.F.; HALDUR, T.; SCHWENCK, W.H. Duration of immunity and efficacy of an oil emulsion Escherichia coli bacterin in catle. Am. J. Vet. Res., v.49, p.674-677, 1988. e LIBERAL (1989)LIBERAL, M.H.T. Controle da salmonelose em bezerros jovens pela vacinação. Niterói: PESAGRO, 1989. 11p. (documentos, n.17)..

Os níveis de anticorpos pós-vacinais tenderam a ser mais elevados tanto para a vacina aquosa, como oleosa, quando aplicada em duas doses. Entretanto, o tipo de adjuvante não revelou diferença no estímulo imunogênico. Em geral, as vacinas de SD e ETEC são administradas separadas e simultaneamente. Porém, uma vacina mista como a que utilizamos constitui uma situação operacionalmente desejável, mostrando-se segura e imunogênica neste experimento. HADLER (1994)HADLER, S. C. Cost benefit of combining antigens. Biologicals, v.22, p.145-148, 1994. também recomenda o uso combinado de antígenos em uma única preparação e administração, com intuito de diminuir o manejo na fazenda.

Concluindo, pelos resultados obtidos, ficou demonstrado o valor prático da vacinação contra a salmonelose e colibacilose, podendo-se evitar assim as grandes perdas econômicas causadas à bovinocultura por estas duas infecções entéricas.

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem ao Prof. Dr. José Roberto P. Lauris, da Faculdade de Odontologia, USP, Campus de Bauru, pelas análises Estatísticas; ao Sr. Tertuliano Aparecido Santos - Gerente Laticínios Fazenda Globo, Agudos, SP, pelo auxílio no desenvolvimento dos trabalhos de campo; e à Pesquisadora Científica Dra. Sueli Aparecida Fernandes, Seção de Bacteriologia, Setor de Enterobactérias, Instituto Adolfo Lutz, São Paulo/SP pela classificação sorológica de amostra de Salmonella sp; ao técnico de laboratório, FCAV, UNESP, Campus de Jaboticabal, João Luiz Quintana, pelo auxilio nas análises de laboratório.

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    Part of PhG thesis, presented in 2002, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - Campus de Jaboticabal- UNESP.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    23 Set 2024
  • Data do Fascículo
    Jan-Mar 2003

Histórico

  • Recebido
    05 Nov 2002
  • Aceito
    03 Fev 2003
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