RESUMO
Objetivando-se comparar a contagem de células somáticas (CCS) do leite de vacas mantidas em estabelecimentos produtores de leite tipo A e B, oriundas de quartos mamários sem alterações ao exame físico e à prova do fundo escuro, foram colhidas 683 amostras. Quatro grupos foram constituídos, conforme o CMT e isolamento bacteriano: "clinicamente sadio", "portadores ou infectados", "mamite sem isolamento" e "mamite infecciosa". Após a análise estatística concluiuse que: a maioria das amostras analisadas apresentou CMT e/ou crescimento bacteriológico positivos, independentemente do sistema de produção; a CCS foi mais sensível que o CMT para identificar variações discretas como nos grupos "clinicamente sadio" e "portador ou infectado"; o sistema de produção não interferiu na maior parte das CCS, mas foi significativo quanto à presença e ao tipo de microrganismo isolado; a sensibilidade, a especificidade e a eficiência foram semelhantes independentemente ao sistema de produção; a sensibilidade da CCS foi menor nas baixas contagens e maior com o aumento da celularidade, ocorrendo o inverso quanto à especificidade; a eficiência da CCS foi maior para identificar amostras sem crescimento bacteriano empregando-se o limite de 100.000 células/mL, embora as medianas dos “portadores ou infectados” de ambos os grupos, estivessem muito próximas do limite.
PALAVRAS-CHAVE:
CCS; mamite; leite tipo A; leite tipo B; diagnóstico; bovino.