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RESISTÊNCIA DE FRUTÍFERAS DE CLIMA SUBTROPICAL E TEMPERADO A MELOIDOGYNE INCOGNITA RAÇA 2 E M. JAVANICA

RESISTANCE OF FRUIT TREE ROOTSTOCKS TO MELOIDOGYNE INCOGNITA RACE 2 AND M. JAVANICA

RESUMO

Em casa de vegetação, avaliaram-se as reações de onze frutíferas (amoreira-preta, framboeseira, goiabeira, macieira, marmeleiro do Japão, nespereira, nogueira-macadâmia, oliveira, pereira, pessegueiro e umezeiro) frente aos nematóides de galhas Meloidogyne incognita raça 2 e M. javanica. As plantas, individualmente inoculadas com 5000 ovos de cada espécie de nematóide, foram conduzidas em recipientes plásticos durante 120 dias. A caracterização das reações baseou-se na capacidade reprodutiva dos parasitos, determinando-se os índices de massas de ovos e de galhas, bem como os números de nematóides por sistema radicular e por grama de raízes. Apenas a cultivar GF-677 de Prunus persica x P. dulcis comportou-se como suscetível, possibilitando desenvolvimento e multiplicação dos dois nematóides. Todos os demais genótipos foram resistentes, embora alguns tivessem proporcionado restritas taxas de reprodução dos parasitos.

PALAVRAS-CHAVE:
Meloidogyne incognita; M; javanica, frutíferas; resistência; Brasil.

ABSTRACT

Eleven fruit tree rootstocks (blackberry, raspberry, guava, apple, quince, loquat, macadamia nut, olive, pear, Prunus and, japanese apricot) were evaluated in greenhouse for their reaction to Meloidogyne incognita raça 2 and M. javanica. Plants growing in plastic pots were individually inoculated with 5,000 eggs of each nematode species. After 4 months, data regarding the reproductive rate of the nematodes (egg-mass and gall indexes; number of nematodes per gram of roots and per root system) were recorded. Only the cultivar GF 677 of Prunus persica x P. dulcis was rated as susceptible to both species. All other genotypes were resistant even though some of them allowed the nematodes to reproduce slightly within their roots.

KEY WORDS:
Meloidogyne incognita; M; javanica, fruits; resistance; Brazil.

INTRODUÇÃO

Os nematóides de galhas Meloidogyne incognita (Kofoid & White) Chitwood e M. javanica (Treub) Chitwood são polífagos, cosmopolitas e constituem importantes patógenos à fruticultura mundial (NYCZEPIR, 1991NYCZEPIR, A.P. Nematode management strategies in stone fruits in the United States. J. Nematol., v.23, p.334-341, 1991.; GOMES, 2001GOMES, C.B. Problemas causados por nematóides em fruteiras de clima temperado. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE NEMATOLOGIA, 23., 2001, Marília, SP. Anais. Garça: 2001. p.45-51.). No caso do pessegueiro, são fatores limitantes à produção em algumas regiões, como evidenciado pela extensa literatura disponível a respeito (WEHUNT, 1984WEHUNT, E.J. Nematode parasites of peach and other tree crops. In: NICKLE, W.R. (Ed.) Plant and Insect Nematodes. New York: Marcel Dekker, 1984. p.435455.; PINOCHET 1992PINOCHET, J. Los nematodos em melocotonero. Frut. Prof., n.46, p.35-40, 1992.). Por outro lado, há relativamente poucos estudos referentes à macieira, pereira, oliveira, goiabeira, amoreirapreta e framboeseira e, nos casos de umezeiro (portaenxerto ananicante para pessegueiro), nespereira e nogueira-macadâmia, praticamente inexistem trabalhos a respeito (COHN & DUNCAN, 1990COHN, E. & DUNCAN, L.W. Nematode parasites of subtropical and tropical fruit trees. In: LUC, M.; SIKORA, R.A.; BRIDGE, J. (Eds.). Plant parasitic nematodes in subtropical and tropical agriculture. Wallingford: CAB International, 1990. p.347-362.; MCSORLEY, 1992MCSORLEY, R. Nematological problems in tropical and subtropical fruit tree crops. Nematropica, v.22, n.1, p.103-116, 1992.).

Sendo culturas perenes, o combate aos nematóides fica restrito a alguns métodos e, dentre eles, o controle varietal, empregando a resistência genética, que é o mais estudado e promissor (NYCZEPIR, 1991NYCZEPIR, A.P. Nematode management strategies in stone fruits in the United States. J. Nematol., v.23, p.334-341, 1991.; NYCZEPIR & HALBRENDT, 1993NYCZEPIR, A.P. & HALBRENDT, J.M. Nematode pests of deciduous fruit and nut trees. In: EVANS, K.; TRUDGILL, D.J.; WEBSTER, J.M. (Eds.) Plant parasitic nematodes in temperate agriculture. Wallingford: CAB International, 1993. p.381-425.).

Em 1968, foi introduzido no Brasil o porta-enxerto ‘Okinawa’, resistente a nematóides de galhas (RIGITANO et al., 1975RIGITANO, O.; OJIMA, M.; DALL’ORTO, F.A.C. Comportamento de novas seleções de pêssego introduzidas da Flórida. Campinas: Instituto Agronômico, 1975. 12p. (Circular, 46).). Tal comportamento foi confirmado experimentalmente em relação às populações brasileiras de Meloidogyne arenaria (Neal) Chitwood e M. incognita (MENTEN et al., 1977MENTEN, J.O.; LORDELLO, L.G.; DALL’ORTO, F.A.C.; OJIMA, M.; RIGITANO, O. Resistência do pessegueiro (Prunus persica Batsch) aos nematóides M. incognita e M. arenaria. Reun. Nematol., v.2, p. 165-174, 1977.). A partir daí, passou a ser o mais utilizado no Brasil.

TUFTS & DAY (1934)TUFTS, W.P. & DAY, L.H. Nematode resistance of certain deciduous fruit tree seedlings. Proc. Am. Soc. Hortic. Sci., v. 31, p.75-82, 1934. verificaram que a cultivar Ranier de macieira, sob condições controladas, inoculada não foi parasitada por nematóides de galhas.

Várias espécies de nematóides têm sido assinaladas em associação com a pereira no mundo, porém bem poucas são consideradas de interesse econômico (ABAWI & MAI, 1990ABAWI, G.S. & MAI, W.F. Plant parasitic nematodes. In: JONES, A.L. & ALDWINCKLE, H.S. (Eds.) Compendium of Apple and Pear Diseases. St. Paul: APS Press, 1990. p.70-74.). Procurando avaliar a reação de dez cultivares frente a Meloidogyne spp. sob condições controladas, TUFTS & DAY (1934)TUFTS, W.P. & DAY, L.H. Nematode resistance of certain deciduous fruit tree seedlings. Proc. Am. Soc. Hortic. Sci., v. 31, p.75-82, 1934. observaram desde “ausência de parasitismo a moderadas infestações”. Por outro lado, LOWNSBERY et al. (1959)LOWNSBERY, B.F.; SERR, E.F.; HANSEN, C.J. Deciduous fruit and nut trees. Calif. Agric., v. 13, n.9, p.19-20, 1959. citam que pereira (sem referência à cultivar) é resistente a M. incognita.PINOCHET et al. (1990)PINOCHET, J.; MARULL, J.; VERDEJO, S.; SOLER, A.; FELIPE, A. Evaluation of rootstocks of plum, damson, pear and quince on the gall nematode, Meloidogyne incognita (Kofoid & White) Chitwood. Bol. Sanidad Vegetal Plagas, v.16, n.4, p.717-722, 1990. avaliaram a reação da pereira ‘OHF’ frente a cinco populações espanholas de M. incognita e consideraram-na resistente. Meloidogyne spp. não são consideradas importantes para a cultura da pêra nos Estados Unidos, segundo WEHUNT (1984)WEHUNT, E.J. Nematode parasites of peach and other tree crops. In: NICKLE, W.R. (Ed.) Plant and Insect Nematodes. New York: Marcel Dekker, 1984. p.435455.. LORDELLO (1964)LORDELLO, L.G.E. Contribuição ao conhecimento dos nematóides que causam galhas em raízes de plantas em São Paulo e Estados vizinhos. An. Esc. Super. Agric. Luiz de Queiroz, v.21, p.181-218, 1964., no entanto, classificou essa frutífera como passível de altas infestações por M. incognita no Brasil.

Meloidogyne incognita tem sido associada ao tamanho reduzido de frutos e ao crescimento lento de goiabeiras na Ásia e nas Américas (KWEE & CHONG, 1990KWEE, L.T. & CHONG, K.K. Guava in Malaysia. Kuala Lumpur: Tropical Press, 1990. p.155-162.). CASASSA-PADRON et al. (1998)CASASSA-PADRON, A.N.; CROZZOLI, R.; MATHEUS, J.; BRAVO, V.; MARÍN, M. Efecto del nematodo agallador Meloidogyne incognita sobre el crecimiento del guayabo (Psidium spp.) em el Estado Zulia, Venezuela. Nematropica, v.28, n.2, p.122, 1998. demonstraram a patogenicidade de M. incognita raça 1 à cultivar Criolla Roja e a resistência de Psidium friedrichsthalianum. No Brasil, MOURA & MOURA (1989)MOURA, R.M. & MOURA, A.M. Meloidoginose da goiabeira: doença de alta severidade no Estado de Pernambuco, Brasil. Nematol. Bras. v.13, p.13-19, 1989. constataram intenso ataque de M. incognita raça 2 em raízes de goiabeiras no Estado de Pernambuco com formação de volumosas e típicas galhas, além de decomposição do córtex, ocasionando a morte rápida da planta. Recentemente, FERREIRA FILHO et al. (2000) caracterizaram uma aparentemente nova espécie de Meloidogyne ocorrendo em goiabeiras nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, causando sintomatologia muito similar à observada em Pernambuco.

Em oliveira, M. incognita e M. javanica reduziram drasticamente o crescimento de plântulas das cultivares Ascolano e Sevillano em estudos de casa de vegetação; a cultivar Manzanillo foi apenas levemente afetada, apresentando reação de tolerância. Muitas galhas bem visíveis foram incitadas, principalmente nas extremidades das raízes, a partir de onde eram emitidas novas radicelas. As três cultivares foram resistentes a M. arenaria e M. hapla (LAMBERTI & BAINES, 1969LAMBERTI, F. & BAINES, R.C. Pathogenicity of four species of Meloidogyne on three varieties of olive trees. J. Nematol., v.1, p.111-115, 1969.). No Egito, estudo semelhante envolvendo uma cultivar não identificada confirmou a oliveira como boa hospedeira de M. javanica, proporcionando taxa de crescimento populacional de nove vezes; todavia, as galhas observadas eram muito pequenas e o comportamento foi de tolerância, com pequena redução no crescimento das plantas inoculadas.

Nos casos de frutíferas do gênero Rubus, amoreirapreta e framboeseira, os raros relatos limitam-se a menções a presença de galhas nas raízes, que poderiam estar ligadas ao menor desenvolvimento das plantas atacadas, mas sem aferição criteriosa dos danos causados (STEINBERG, 1989STEINBERG, E. Amora-preta e framboesa. São Paulo: Ed. Nobel, 1989. 64p.; MCELROY, 1991MCELROY, F.D. Nematode parasites. In: ELLIS, M.A.; CONVERSE, R.H.; WILLIAMS, R.N.; WILLIAMSON, B. Compendium of raspberry and blackberry diseases and insects. St. Paul: APS Press, 1991. p.59-62.).

Tendo em vista a evidente carência de maior conhecimento a respeito da relação entre os nematóides de galhas do gênero Meloidogyne e frutíferas de clima subtropical e temperado e a recente estratégia de diversificação implementada em relação às cultivares de porta-enxertos utilizadas no Brasil, com a introdução de muitos genótipos novos, afigura-se prudente caracterizá-los quanto à reação a esses importantes nematóides. Portanto, com base no exposto, objetivou-se neste trabalho verificar o comportamento (resistência/suscetibilidade) de genótipos de onze frutíferas de interesse econômico frente a Meloidogyne incognita raça 2 e M. javanica sob condições controladas.

MATERIAL E MÉTODOS

Os materiais genéticos utilizados, bem como as respectivas origens, encontram-se na Tabela 1. Nos casos dos genótipos ‘GF 677’, ‘G x N 9’, ‘G x N 15’, ‘G x N 22’, ‘Tsukuba 1’, ‘Tsukuba 2’, ‘Tsukuba 3’, ‘MM 9’, ‘MM 106’ e ‘Marubakaido’, utilizaram-se estacas enraizadas por meio de hormônio (ácido indol butírico). Estacas herbáceas de ponteiro de ‘Ébano’ e ‘Boisenberry’ foram enraizadas em vermiculita esterilizada, sem uso de hormônios. Para as demais frutíferas, utilizaram-se sementes oriundas de frutos colhidos de uma única planta, tratadas com fungicida (Thiran 70%). Germinaram-se sementes das cultivares de nêspera e nogueira-macadâmia em vasos plásticos contendo substrato (solo e areia, 1:1) esterilizado por brometo de metila (150mL/m3). As demais foram germinadas pelo método da quebra de dormência (BARBOSA et al., 1987BARBOSA, W.; DALL’ORTO, F.A.C.; OJIMA, M.; MARTINS, F.P.; RIGITANO, O. Quebra de dormência das sementes do pêssego porta-enxerto ‘Okinawa’. Agronômico, v.39, n.1, p.41-44, 1987.).

Tabela 1
Espécie botânica, cultivar e origem dos materiais propagativos estudados.

Após o transplante individual em copos plásticos com capacidade para 0,5 litros de substrato esterilizado, as plântulas permaneceram em telado por um período médio de 30 dias. Em seguida, foram inoculadas, individualmente, com 5.000 ovos de cada espécie de nematóide. Tais ovos foram extraídos de tomateiros ‘Rutgers’ previamente infectados com populações de M. incognita raça 2 e de M. javanica obtidas respectivamente de raízes de pessegueiro ‘GF 677’, oriundas de Brotas (SP), e tomateiro ‘Carmen’, de Monte Mór (SP).

Conduziram-se dois experimentos sob condições de casa de vegetação (temperatura monitorada para não exceder a 32º C) em delineamento inteiramente casualizado, sendo o de M. incognita com 28 tratamentos e o de M. javanica com 30, representados pelos genótipos de frutíferas, ambos com 8 repetições. A parcela constituiu-se de recipiente plástico contendo uma planta. Tomateiros ‘Rutgers’ foram também inoculados para verificação da viabilidade dos inóculos utilizados.

Realizaram-se adubações quinzenais com fertilizante líquido Ouro Verde (20 mL /planta da solução preparada, ou seja, 8 mL da solução concentrada 6-68/2 L de água). As regas foram feitas sempre que necessário.

Aos 120 dias da inoculação, desenvasaram-se as plantas e separaram-se os sistemas radiculares da parte aérea com tesoura. As raízes foram lavadas sob água corrente e deixadas para secar por 30 minutos à sombra, determinando-se os valores de massa fresca. Subseqüentemente, foram submetidas à coloração com phloxine B (TAYLOR & SASSER, 1978TAYLOR, A.L. & SASSER, J.N. Biology, identification and control of root-knot nematodes (Meloidogyne species). Raleigh: North Carolina State University, 1978. 111p.) e contaram-se os números de galhas e de massas de ovos, obtendose os índices de galhas (IG) e massa de ovos (IMO). Para determinar o número de nematóides (ovos + juvenis de segundo estádio) no sistema radicular (NSR) e por grama de raiz (NGR), processaram-se os sistemas radiculares pela técnica do liquidificador aliada à flutuação em centrífuga (COOLEN & D’HERDE, 1972COOLEN, W.A. & D’HERDE, C.J. A method for the quantitative extraction of nematodes from plant tissue. Ghent: State Agriculture Research Center, 1972. 77p.) e procederam-se às estimativas em lâmina de Peters ao microscópio.

Instalaram-se bio-ensaios com as cultivares de goiabeira e oliveira a fim de confirmar as respostas verificadas nos experimentos. Para isso, estacas enraizadas das quatro cultivares foram transplantadas, individualmente, para recipientes plásticos contendo 1,8 L de substrato infestado contendo em média 20.000 juvenis de segundo estádio do nematóide. Um bio-ensaio foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado com quatro tratamentos/cultivares e quatro repetições para cada espécie de nematóide. Avaliaram-se os IG e IMO de cada planta, aos 120 dias do transplante, seguindo a mesma metodologia dos experimentos anteriores.

A caracterização das reações (resistência/ suscetibilidade) foi baseada na escala proposta por TAYLOR & SASSER (1978)TAYLOR, A.L. & SASSER, J.N. Biology, identification and control of root-knot nematodes (Meloidogyne species). Raleigh: North Carolina State University, 1978. 111p., onde considera-se resistente o genótipo com valores médios de IG e IMO menores do que 2,0.

Analisaram-se estatisticamente os dados aplicando-se o teste F na análise da variância e o teste de Tukey no caso de pelo menos duas médias de tratamentos diferirem entre si.

RESULTADOS

Todas os genótipos testados reagiram como resistentes a M. incognita raça 2 e M. javanica, à exceção de ‘GF 677’, considerado a priori como padrão de suscetibilidade (Tabelas 2 e 3). Nessa cultivar, obtiveram-se IG e IMO iguais a 5 e 2,7 para M. incognita e 5 e 3,3 para M. javanica, respectivamente. Tomateiros ‘Rutgers’ inoculados proporcionaram valores de IG e IMO iguais a 5, demonstrando a viabilidade dos inóculos empregados.

Tabela 2
Índice de galhas (IG) e de massas de ovos (IMO), número de nematóides no sistema radicular (NSR) e por grama de raiz (NGR) e reação (R) de Meloidogyne incognita raça 2 em genótipos de frutíferas de clima subtropical e temperado aos 120 dias após a inoculação de 5.000 ovos por planta em 0,5 litros de solo.
Tabela 3
Índice de galhas (IG) e de massas de ovos (IMO), número de nematóides no sistema radicular (NSR) e por grama de raiz (NGR) e reação (R) de Meloidogyne javanica em genótipos de frutíferas de clima temperado aos 120 dias após a inoculação de 5.000 ovos por planta em 0,5 litros de solo.

No experimento com M. incognita, não se encontrou nenhuma galha ou massa de ovos nas demais frutíferas. Entretanto, observaram-se reduzidos níveis de reprodução para certas cultivares, diferentes estatisticamente. Para NSR e NGR, ‘GF 677’ diferiu de todos os demais tratamentos, com taxa de crescimento populacional (Pf/Pi) da ordem de até três vezes. As seguintes cultivares tiveram valores decrescentes de NSR e NGR: Precoce de Campinas, Keauhou, Tsukuba3, Mizuho, Okinawa, Ébano, Japão, Kumagai, G x N 22, G x N 9, Keaumi e Waialua. Nessas cultivares, as médias variaram de 206,1 a 21,3 (NSR) e 62,4 a 8,6 (NGR). Não se obtiveram nematóides nas demais frutíferas avaliadas.

Semelhanças ocorreram no experimento com M. javanica, em que ‘GF 677’ reagiu como bom hospedeiro do nematóide e também se diferenciou estatisticamente dos demais genótipos. Verificaram-se galhas e massas de ovos em genótipos de diferentes frutíferas. Além de ‘GF 677’, todos os demais Prunus, exceto umezeiro, apresentaram galhas e massas de ovos, com os IG e IMO variando de 1,3 e 0,8 para ‘G x N 22’ a 3,8 e 2,4 para ‘Tsukuba 2’. O porta-enxerto tido como padrão de resistência, ‘Okinawa’, apresentou IG consideravelmente alto (3,8), porém nenhuma massa de ovos foi encontrada nas raízes. Fato semelhante ocorreu com ‘Boisenberry’ e ‘Arbequina’, nas quais se verificaram galhas ocasionais (IG = 0,6 e 0,4), mas não apresentaram massas de ovos. Encontraram-se nematóides (NSR e NGR) em outros nove genótipos: ‘G x N 15’, ‘Tsukuba 2’, ‘Tsukuba 1’, ‘Arbequina’, ‘Sassaoka’, ‘Boisenberry’, ‘Umê’, ‘Paluma’ e ‘Kakedo’, além de ‘GF 677’ e dos citados no outro experimento. Os maiores valores de NSR e NGR foram 801,3 e 146,7 para ‘G x N 9’ e os menores 2,5 e 0,6 para ‘Okinawa’. Nos demais genótipos não se encontraram nematóides após 120 dias da inoculação.

DISCUSSÃO

Como esperado, o porta-enxerto espanhol ‘GF 677’, que em vários experimentos anteriores desenvolvidos em países estrangeiros respondeu como suscetível e tem até sido utilizado como referência de suscetibilidade a Meloidogyne (PINOCHET et al., 1989PINOCHET, J.; VERDEJO, S.; MARULL, J. Evaluation of seven Prunus rootstocks to three species of Meloidogyne in Spain. Nematropica, v.19, n.2, p.125-134, 1989.; 1996PINOCHET, J.; ANGLÈS, M.; DALMAU, E.; FERNÁNDEZ, C.; FELIPE, A. Prunus rootstocks evaluation to root-knot and lesion nematodes in Spain. Suppl. J. Nematol., v.28, n.4S, p.616-623, 1996.; MARULL et al., 1994MARULL, J.; PINOCHET, J.; FELIPE, A.; CENIS, J.L. Resistance verification in Prunus selections to a mixture of thirteen Meloidogyne isolates and resistance mechanisms of a peach-almond hybrid to M. javanica. Fundam. Appl. Nematol., v.17, n.1, p.85-92, 1994.), reagiu da mesma forma no presente estudo. Assim, é possível recomendá-lo para uso em avaliações futuras de resistência de portaenxertos de Prunus no Brasil. Por outro lado, na maioria dos trabalhos citados na literatura internacional, adotou-se ‘G x N 15’ como referência de resistência. Os resultados ora obtidos demonstram que tanto ‘Okinawa’ quanto ‘G x N 15’ são passíveis de emprego para essa finalidade, apesar dos eventuais nematóides encontrados em suas raízes na avaliação final. Em ‘Okinawa’, formaram-se galhas quando inoculado com M. javanica, resultado também encontrado por PHILIS (1989)PHILIS, I. Resistance of peach seedlings to root-knot nematode attack. Int. Nematol. Netw. Newsl., v.6, n.3, p.3-5, 1989.. Isso evidencia que os nematóides (juvenis J2) penetram nas raízes e apresentam desenvolvimento inicial, porém acabam morrendo precocemente devido ao mecanismo de resistência da planta, como demonstrado por MALO (1967)MALO, S.E. Nature of resistance of ‘Okinawa’ and ‘Nemaguard’ peach to the root-knot nematode Meloidogyne javanica. Proc. Am. Soc. Hortic. Sci., v.90, p.39-46, 1967. em ‘Okinawa’ e por MARULL et al. (1994)MARULL, J.; PINOCHET, J.; FELIPE, A.; CENIS, J.L. Resistance verification in Prunus selections to a mixture of thirteen Meloidogyne isolates and resistance mechanisms of a peach-almond hybrid to M. javanica. Fundam. Appl. Nematol., v.17, n.1, p.85-92, 1994. em ‘G x N 9’. Portanto, só avaliar o número ou o índice de galhas não é suficiente para caracterizar um genótipo de frutífera quanto a resistência à Meloidogyne. É necessário avaliar a reprodução do nematóide. Todos os Prunus, à exceção de umezeiro, apresentaram galhas e massas de ovos quando infestados com M. javanica e não com M. incognita. Esse fato demonstra tendência a uma maior adaptação parasítica de M. javanica nessas frutíferas do que M. incognita, apesar dos baixos níveis de reprodução.

Com relação às pereiras, às macieiras e ao marmeleiro, os resultados estão de acordo com os obtidos por TUFTS & DAY (1934)TUFTS, W.P. & DAY, L.H. Nematode resistance of certain deciduous fruit tree seedlings. Proc. Am. Soc. Hortic. Sci., v. 31, p.75-82, 1934. e PINOCHET et al. (1990)PINOCHET, J.; MARULL, J.; VERDEJO, S.; SOLER, A.; FELIPE, A. Evaluation of rootstocks of plum, damson, pear and quince on the gall nematode, Meloidogyne incognita (Kofoid & White) Chitwood. Bol. Sanidad Vegetal Plagas, v.16, n.4, p.717-722, 1990., confirmando a condição de hospedeiros altamente desfavoráveis de tais genótipos aos nematóides incluídos no estudo.

Já os resultados obtidos com as cultivares de goiaba foram conflitantes com os encontrados na literatura, em particular a observação de MOURA & MOURA (1989)MOURA, R.M. & MOURA, A.M. Meloidoginose da goiabeira: doença de alta severidade no Estado de Pernambuco, Brasil. Nematol. Bras. v.13, p.13-19, 1989.. Estes autores relataram que pomar de goiabeiras (cultivar não referida), instalado em área de antigo canavial recém-erradicado no interior do estado de Pernambuco, foi dizimado em razão de severíssimo ataque por nematóide de galhas identificado como M. incognita raça 2, observando-se curiosa sintomatologia caracterizada tanto pela ocorrência de galhas típicas como por intensa necrose radicular, resultante de decomposição do córtex; das galhas formadas, obtiveram-se todos os estádios de desenvolvimento, indicando reprodução do parasito. No presente trabalho, pouquíssimos exemplares de M. javanica foram extraídos das raízes das três cultivares avaliadas e, no caso de M. incognita, só de Kumagai; não se observaram galhas aos 120 dias da inoculação. E os bio-ensaios realizados, envolvendo transplantio de estacas enraizadas das três cultivares em solo altamente infestado com ambas as espécies, confirmaram os resultados anteriores. A discrepância pode estar associada às cultivares incluídas nos diferentes estudos ou, mais possivelmente, ao fato de se tratarem de espécies distintas de Meloidogyne envolvidas nos dois casos. Nesse sentido, afigura-se bem possível que a população do relato de Pernambuco seja a mesma que tem causado apreciáveis perdas recentemente em pomares paulistas e fluminenses e que foi considerada diferente de M. incognita, constituindo, ao que tudo indica, uma nova espécie (FERREIRA FILHO et al., 2000FERREIRA FILHO, N.C.; SANTOS, J.M. DOS; SILVEIRA, S.F. Caracterização morfológica e bioquímica de uma nova espécie de Meloidogyne parasita da goiabeira no Brasil. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE NEMATOLOGIA, 22., 2000, Uberlândia, MG. Anais. Uberlândia: 2000. p.135.).

Com relação à reação de resistência da oliveira ‘Arbequina’ aos dois nematóides ora verificada, também houve discordância em relação aos poucos dados disponíveis na literatura (DIAB & ELERAKI, 1968DIAB, K.A. & EL-ERAKI, S. Plant parasitic nematodes associated with olive decline in the United Arab Republic. Plant Dis. Rep., v.52, p.150-154, 1968.; LAMBERTI & BAINES, 1969LAMBERTI, F. & BAINES, R.C. Pathogenicity of four species of Meloidogyne on three varieties of olive trees. J. Nematol., v.1, p.111-115, 1969.). Nesse caso, a discrepância está associada, ao que tudo indica, ao emprego de diferentes cultivares nos diversos estudos, pois, conforme a cultivar considerada, ocorreram claras diferenças nos resultados dos trabalhos em relação à formação ou não de galhas e ao tamanho e localização delas nos sistemas radiculares, bem como à intensidade da redução no crescimento das plantas inoculadas.

A presença de reduzidos números de galhas e nematóides nas raízes da framboeseira e da amoreirapreta demonstrou que nenhuma das duas espécies conseguiu parasitar as cultivares estudadas. Os resultados concordam com dados anteriores de que a framboeseira não é boa hospedeira de Meloidogyne, à exceção de M. hapla (MCELROY, 1991MCELROY, F.D. Nematode parasites. In: ELLIS, M.A.; CONVERSE, R.H.; WILLIAMS, R.N.; WILLIAMSON, B. Compendium of raspberry and blackberry diseases and insects. St. Paul: APS Press, 1991. p.59-62.; TRUDGILL, 1991TRUDGILL, D.L. Resistance to and tolerance of plant parasitic nematodes in plants. Annu. Rev. Phytopathol. v.29, p.167-192, 1991.; ESNARD & ZUCKERMAN, 1998ESNARD, J. & ZUCKERMAN, B.M. Small fruits. In: BARKER, K.R.; PEDERSON, G., WINDHAM, G.R. (Eds.) Plant nematode interactions. Madison: American Society of Agronomy, 1998. p.685-725.). É possível que as galhas encontradas nessa frutífera por CARVALHO (1951)CARVALHO, J.C. Nematóides das raízes encontrados em São Paulo. Arq. Inst. Biol., São Paulo, v.20, p.165-172, 1951. e também as citadas por STEINBERG (1989)STEINBERG, E. Amora-preta e framboesa. São Paulo: Ed. Nobel, 1989. 64p. fossem devidas a M. hapla. Avaliações futuras em outras cultivares poderão confirmar isso.

Algumas frutíferas foram testadas pela primeira vez, como amoreira-preta, framboeseira, nogueiramacadâmia, nespereira e umezeiro. Este último genótipo foi apontado como possuidor de altos níveis de resistência a Meloidogyne spp. (SHERMAN & LYRENE, 1983SHERMAN, W.B. & LYRENE, P.M. Improvement of peach rootstock resistant to root-knot nematodes. Proc. Fla. Stn. Hortic. Soc., v.96, p.207-208, 1983.), o que foi corroborado pelos resultados ora obtidos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    16 Set 2024
  • Data do Fascículo
    Apr-Jun 2002

Histórico

  • Recebido
    26 Out 2001
  • Aceito
    14 Fev 2002
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