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CONTROLE DE PYRICULARIA GRISEA E BIPOLARIS SOROKINIANA EM SEMENTES DE TRIGO MEDIANTE TRATAMENTO COM FUNGICIDAS

CONTROL OF WHEAT SEED-BORNE PYRICULARIA GRISEA AND BIPOLARIS SOROKINIANA BY TREATMENT WITH FUNGICIDES

RESUMO

Foram conduzidos 4 experimentos em laboratório, 3 em casa-de-vegetação e 3 em campo, com o fim de avaliar a eficiência de fungicidas, em tratamento de sementes de trigo, para o controle de Pyricularia grisea Sacc, forma anamórfica de Magnaporthe grisea (Hebert) Barr, e Bipolaris sorokiniana (Sacc.) Schoemaker (Helminthosporium sativum Pammel, King & Bakke), forma anamórfica de Cochliobolus sativus (Ito & Kurib.) Drechs.: Dastur. Sementes das cultivares Anahuac e Batuíra foram tratadas com 20 fungicidas, em quatro fases consecutivas, e analisadas para sanidade, em laboratório, pelo método “deep-freezer”. Nos experimentos de casa-de-vegetação foram avaliados a emergência e os sintomas nas plântulas; em campo, além desses parâmetros, foi avaliada a produção. De acordo com os resultados obtidos, a maioria dos fungicidas foi eficiente para controlar os dois fungos. Os produtos avaliados, nas doses abaixo indicadas (g.de i.a. /100 kg de sementes) podem ser colocados em 4 grupos, em ordem decrescente de eficiência para controle de P. grisea e H.sativum em sementes de trigo: 1° grupo - iprodione+carbendazin (52,5+26,2), carbendazin+mancozeb (50+160) e triflumizole+tiofanato metílico (45+135); 2° grupo - iprodione + thiram (50+150) e carboxin + thiram (93,7+93,7); 3° grupo - iminoctadine (62,4), thiram (210), prochloraz (50) e carboxin+prochloraz (82,5+22,5); 4° grupo - triadimenol (67,5), guazatine+imazalil (60+4) e prochloraz (40). Thiabendazol (60), benomyl (125) e tricyclazol (75) controlaram eficientemente P.grisea, porém não controlaram B. sorokiniana, enquanto que flutriafol (7,5) e etiltrianol (4,9), que foram eficientes no controle deste fungo, não controlaram P.grisea. Foi obtida correlação negativa significante entre incidência de B. sorokiniana nas sementes e emergência, e positiva entre emergência e produção; não houve, entretanto, correlação significativa entre incidência de P.grisea e emergência. Este fungo foi transmitido pelas sementes de acordo com uma taxa (incidência nas sementes/n°de plantas com sintomas) que variou de 7,3:1 (13,6%) no inverno para 1,8:1 (55,5%) no verão, o que mostra a influência da temperatura sobre a transmissão do fungo.

PALAVRAS-CHAVE:
Triticum aestivum; fungos; patologia de sementes.

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