OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi avaliar o estágio inicial de decomposição de duas macrófitas aquáticas (Typha domingensis e Eleocharis interstincta) em condições aeróbias e anaeróbias; MÉTODOS: As amostras de macrófitas aquáticas e água foram coletadas na lagoa Cabiúnas, Rio de Janeiro, Brasil. No experimento 1 câmaras de mineralização foram preparadas com fragmentos vegetais frescos e água da lagoa para cada condição (aeróbia e anaeróbia). A formação de DOC e de CO2 e o consumo de O2 foram medidos durante 30 dias. No experimento 2 câmaras de mineralização foram preparadas com lixiviados de macrófitas aquáticas e glicose em cada condição experimental (aeróbia e anaeróbia). A formação de CO2 e o consumo de O2 foram medidos durante 1 dia; RESULTADOS: No experimento 1 as concentrações de COD na decomposição de T. domingensis foram maiores. Apesar disso, a formação de CO2 foi mais eficiente na decomposição de E. interstincta. O consumo de oxigênio aumentou no começo da decomposição dos detritos e tenderam a estabilizar no final. Os valores de O/C aumentaram no início da decomposição e diminuíram em seguida. No experimento 2, a decomposição aeróbia apresentou maior formação de CO2 em todos os recursos. O lixiviado de E. interstincta apresentou maior concentração de CO2 do que o de T. domingensis em ambas as condições; CONCLUSÃO: Os resultados mostraram que a decomposição aeróbia inicial é maior em T. domingensis. O consumo de oxigênio varia de acordo com as alterações químicas dos detritos. A formação de CO2 na decomposição de T. domingensis e E. interstincta é irrelevante na Lagoa Cabiúnas. A baixa liberação de DOC dos detritos indicam que a mineralização da matéria orgânica particulada é a principal via de decomposição de T. domingensis e E. interstincta.
COD; consumo de oxigênio; macrófitas aquáticas; mineralização do detrito