OBJETIVO: Caracterizar a qualidade do efluente na fase de engorda da rã-touro; MÉTODOS: Quinzenalmente foram mensurados a temperatura, pH, oxigênio dissolvido, condutividade elétrica, turbidez, PT, N-NH3, N-NO3, DBO5, DQO e número de coliformes termotolerantes (Escherichia coli) da água de abastecimento e do efluente das baias de criação. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado com dois tratamentos (água de entrada e saída das baias) e seis repetições, em esquema de parcelas subdivididas, sendo as subparcelas as coletas no tempo; RESULTADOS: Todas as variáveis apresentaram diferença significativa (p < 0,05) para os tratamentos e entre as coletas (p < 0,05). Os valores médios de temperatura, pH e oxigênio dissolvido da água de abastecimento das baias foram superiores aos do efluente. As demais variáveis; condutividade elétrica, turbidez, fósforo total, amônia, nitrato, demanda bioquímica de oxigênio, demanda química de oxigênio e E. coli foram superiores no efluente, em relação à água de abastecimento; CONCLUSÕES: O manejo realizado na fase de engorda de rã-touro deteriora a qualidade da água utilizada, aumentando as concentrações de nutrientes dissolvidos e o número de coliformes termotolerantes. As concentrações de amônia e fósforo, provenientes de restos de ração, peles e excretas, podem acelerar o processo de eutrofização do corpo d'água receptor, sendo necessário estudos sobre tratamentos desse tipo de efluente.
eutrofização; nutrientes; ranicultura; qualidade de água