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É possível simplificar o monitoramento ambiental? Abordagens com o zooplâncton em um reservatório hidroelétrico

Resumo

Objetivo: A fim de contribuir para o conhecimento a respeito da simplificação de levantamentos biológicos, o presente estudo avaliou o uso de grupos substitutos, resolução taxonômica e numérica para os três principais grupos da comunidade zooplanctônica (cladóceros, copépodes e rotíferos) em uma Usina Hidrelétrica (UHE). As seguintes questões foram abordadas: (i) Os padrões de ordenação espacial e/ou temporal gerados entre cada grupo zooplanctônico são concordantes? (ii) A concordância se mantém utilizando dados de presença e ausência em substituição a dados de densidade? (iii) A identificação dos organismos em nível de espécie pode ser substituída por gênero ou família?

Métodos

Foram realizadas coletas em sete unidades amostrais ao longo de cinco campanhas entre os anos de 2009 e 2010 na UHE de Serra da Mesa (Goiás, Brasil). Para avaliar a correlação entre cada par de matrizes foi utilizado o teste de Mantel.

Resultados

Não se deve realizar substituições entre os grupos zooplanctônicos, sendo necessário o monitoramento dos três grupos (copépodes, cladóceros e rotíferos). Além disso, sugerimos a utilização de dados de densidade de indivíduos ao invés de apenas dados de presença/ausência de espécies. Por fim, os resultados deste estudo indicam a possibilidade de dados em nível de espécies serem substituídos por dados em nível de gênero ou família.

Conclusão

Para fins de monitoramento da comunidade zooplanctônica, apenas o uso da resolução taxonômica mostrou-se eficiente para esta área de estudo, não sendo recomendado o uso de substitutos nem resolução numérica entre os grupos.

Palavras-chave:
cladocera; copepoda; rotifera; resolução numérica; resolução taxonômica


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