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Macrófitas aquáticas como indicadores da qualidade da água em pequenos lagos rasos subtropicais, Sul do Brasil

OBJETIVO: Foi avaliado o potencial bioindicador da comunidade de macrófitas aquáticas em seis pequenos lagos rasos. MÉTODOS: O acompanhamento foi mensal durante um ano, sendo que em cada coleta, além do registro de todas as espécies de macrófitas foram determinadas a temperatura da água, oxigênio dissolvido, pH, condutividade elétrica, alcalinidade total, clorofila-a, material em suspensão, nitrogênio total (Nt) e fósforo total (Pt). RESULTADOS: No total, quarenta e três espécies foram registradas, e ocorreram diferenças significativas na riqueza de espécies e nas condições limnológicas entre os lagos estudados. A análise de correspondência canônica mostrou que a concentração de nutrientes (Nt e Pt), clorofila-a, material em suspensão, oxigênio dissolvido e pH foram os mais importantes preditores da distribuição das macrófitas aquáticas. Algumas espécies emergentes estiveram relacionadas alta concentração de nutrientes, de clorofila-a, e de material em suspensão. Por outro lado, a maioria das espécies submersas foram associadas a ambientes com baixa concentração de nutrientes e os menores valores de clorofila-a, e de material em suspensão. Além disso, algumas espécies submersas e flutuantes foram relacionadas a baixos valores de pH, alcalinidade e oxigênio dissolvido. As diferenças limnológicas entre os lagos podem ser apontadas como as principais causas da distribuição heterogênea observada das macrófitas. CONCLUSÕES: Estes resultados indicam a importância das características limnológicas dos diferentes ambientes na composição da comunidade de macrófitas aquáticas e o potencial papel bioindicador dessa comunidade em lagos rasos do sul do Brasil.

bioindicadores; vegetação aquática; lagos rasos; eutrofização


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