Influência do uso e ocupação do solo e das zonas ripárias na diversidade do zooplâncton em riachos do Cerrado

Resumo

Objetivo

As zonas ripárias do Cerrado diminuíram significativamente devido à expansão humana, alterando a dinâmica ecológica dos ecossistemas, e o zooplâncton pode responder à essas mudanças. Desta forma, buscamos avaliar o impacto das zonas ripárias e das mudanças ambientais nas comunidades de zooplâncton em riachos, considerando o estado trófico e integridade destas zonas. A pesquisa busca determinar quais preditores desempenham um papel mais significativo na estruturação dessas comunidades. A hipótese central é que os fatores locais têm uma influência direta nas comunidades de zooplâncton devido às condições limnológicas próximas.

Métodos

Coletamos as amostras de zooplâncton e variáveis físico-químicas em 20 pontos localizados na Floresta Nacional de Silvânia e arredores, Goiás, Brasil. Uma Análise de Redundância (RDA) foi empregada após a seleção de variáveis significativas. A análise de Árvore de Regressão Multivariada (MRT) foi utilizada para modelar as relações entre espécies e características ambientais.

Resultados

Descobrimos que o estado trófico e a cobertura florestal não tiveram influência significativa na riqueza e densidade do zooplâncton. Apesar de identificarmos 88 espécies de zooplâncton, não observamos relações claras com fatores ambientais. A análise da Árvore de Regressão Multivariada (MRT), no entanto, revelou agrupamentos distintos, esclarecendo os fatores que moldam a comunidade zooplanctônica.

Conclusões

Nossas descobertas destacam a necessidade de mais investigações sobre a interação entre o zooplâncton e seu ambiente, a fim de fornecer informações valiosas para a gestão ecológica e os esforços de conservação. Perturbações imprevistas podem introduzir elementos estocásticos nas variações das comunidades, mascarando a influência de fatores ambientais e espaciais locais.

Palavras-chave:
metacomunidades; impactos; antropização; paisagem; variáveis ambientais