Resumo
Objetivo
A urbanização, a agricultura e o desmatamento são os principais fatores antropogênicos que modificam o solo, alterando a qualidade da água e influenciado os fatores limnológicos e a biota aquática em rios. Nós investigamos a resposta taxonômica e funcional baseada na morfologia (GFBM) da comunidade fitoplanctônica entre diferentes rios de abastecimento público em distintas bacias hidrográficas com características ultraoligotróficas, oligotróficos e mesotróficas.
Métodos
Amostramos a comunidade fitoplanctônica e as variáveis ambientais em nove rios ao longo de três bacias hidrográficas da região oeste do Paraná. Para avaliar a relação taxonômica e funcional da comunidade com as variáveis ambientais nós aplicamos análises de variância e análises de redundância.
Resultados
A maior contribuição taxonômica para a riqueza e biovolume foram de algas verdes e diatomáceas, enquanto as maiores contribuições funcionais foram dos GFBM IV (algas sem traços especializados), GFBM V (algas unicelulares flageladas), GFBM VI (algas com exoesqueleto silicoso) e GFBM (grandes algas coloniais). Apenas a abordagem taxonômica foi sensível a variabilidade ambiental dos rios, enquanto que para a abordagem funcional não foi identificada nenhuma relação com a variabilidade ambiental.
Conclusões
A abordagem taxonômica da comunidade fitoplanctônica foi mais sensível a variabilidade ambiental dos rios estudados do que a abordagem funcional baseada na morfologia. Portanto, nós reforçamos a importância dos indicadores biológicos para compreensão das dinâmicas em ecossistemas aquáticos, fornecendo informações cruciais para a gestão dos recursos hídricos utilizados para abastecimento público.
Palavras-chave
ambientes lóticos; bioindicadores; MBFG; qualidade da água