OBJETIVO: Neste estudo avaliamos se o Índice de Integridade Biótica (IBI) elaborado com base na ictiofauna é capaz de discriminar locais referência dos degradados em uma escala de meso-hábitat. MÉTODOS: A ictiofauna de 96 meso-hábitats (corredores, corredeiras e poços) foi amostrada em seis riachos (três referência e três degradados) de volume, largura e profundidade comparáveis, por meio de pesca elétrica. Doze atributos biológicos foram testados, considerando os meso-hábitats separadamente. RESULTADOS: Dez métricas compuseram o IBI para corredores, seis para corredeiras e dez para poços, indicando condições pobres para corredores e corredeiras e muito pobres para poços. CONCLUSÕES: Esses resultados indicam que o IBI aplicado em uma escala de meso-hábitat pode representar uma ferramenta útil para discriminar ambientes em estado de conservação contrastantes. Não somente o conjunto de métricas válidas para cada tipo de meso-hábitat diferiu, mas também o escore final e classificação dos meso-hábitats avaliados. Isso destaca a importância de se considerar a variabilidade estrutural e biológica dos ambientes aquáticos para a detecção de perda da integridade causada por interferências antrópicas.
ictiofauna; qualidade do hábitat; conservação; IBI; monitoramento biológico
