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Arte, dor e Kátharsis ou variações sobre a arte de pintar o grito

O autor analisa a relação entre a arte e a representação da dor partindo de uma tese central: a arte desde o romantismo tendeu cada vez mais para a apresentação do "real" enquanto aquilo que escapa ao simbólico. A arte vincula-se cada vez mais a uma apresentação (e não mais à representação) do momento violento constitutivo do ser humano. Na contemporaneidade, o autor detecta três modalidades dessa arte de apresentar a dor: a que parte de uma abordagem ética da memória (como em Anselm Kiefer e Claude Lanzmann), a que radicaliza o olhar estético inaugurado no século XVIII (como em Francis Bacon) e a que leva às últimas conseqüências a noção de arte abjeta (como em Andres Serrano). O autor destaca ainda a importância dos conceitos de sublime e de escritura (indexical) do corpo para se compreender essa nova modalidade da arte da dor, bem como a sua relação estrutural com a fotografia.

abjeto; arte do corpo; ética e arte; limites da representação; sublime


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