Comparação da trajetória de dois autores helvéticos, cujos relacionamentos com o campo literário francês se mostram radicalmente opostos, tanto em suas escolhas domiciliares, suas bases editoriais, quanto em sua imaginação literária. Enquanto Ramuz, ao fazer da necessidade uma virtude, apóia-se sobre a literalização da experiência do lugar, Cendrars estabelece uma literatura do desenraizamento e da errância. Cada um deles contornou a seu modo a desvantagem de pertencer a uma nação literária menor (no sentido de Kafka).
Ramuz; Cendrars; Suíça; periferias literárias