Resumo
Este artigo examina os jogos de gênero e a imaginação literária de Rachel de Queiroz. Utilizando fontes produzidas no começo da carreira da escritora propõe aproximações entre história da vida literária e história das mulheres a partir da análise dos embates no espaço literário brasileiro na primeira metade do século XX. O objetivo é destacar o impacto dos papéis que Rachel de Queiroz desenvolveu enquanto mulher indisciplinada nas confluências entre sua trajetória e a arquitetura de seus projetos literários em espaços marcadamente masculinos. Problematiza as estratégias da escritora ao inverter os papéis destinados às mulheres e reinventar espaços de liberdade no âmbito da profissionalização e da produção de repertórios sobre a diferença entre os sexos.
Palavras-chave:
Rachel de Queiroz; história das mulheres; gênero; literatura