Resumo
O objetivo deste artigo é fazer uma leitura crítica dos contos da coletânea Sete casas vazias (2015), de Samanta Schweblin, sob a perspetiva do novo materialismo. As ferramentas metodológicas do estudo proposto são duas categorias teóricas: a “matéria vibrante” de Jane Bennett e a “correria diária” ( krzątactwo) de Jolanta Brach-Czaina. Com base nos conceitos acima referidos, o artigo propõe uma interpretação das histórias de Schweblin segundo a qual uma visão filosófica coerente emerge da constelação de cenas e imagens paradoxais criadas pela escritora. Ela corresponde aos pressupostos do novo materialismo, que, propondo uma epistemologia alternativa, desenvolve uma concetualização de uma série de paradoxos ontológicos que serão discutidos no artigo.
Palavras-chave:
novo materialismo; matéria vibrante; Samanta Schweblin; paradoxos ontológicos