Resumo
Nancy Huston “entrou” na literatura através de uma mudança de idioma: escrever em francês, e abandonar por um momento seu inglês nativo, marcou o início de sua escrita e mais tarde a levou a questionar sua própria identidade. Por que deixar sua “língua materna” para trás? É possível abandonar para sempre uma língua, o lugar de origem e reinventar-se em outro lugar? O presente trabalho se propõe a explorar estas questões com base em seu livro Nord perdu, no qual a autora se detém sobre suas memórias de infância no Canadá e na Alemanha e sobre a percepção de si mesma como estrangeira na França. Talvez a resposta a estas perguntas possa ser encontrada na brancura da neve, a paisagem de sua infância na qual as línguas de Huston murmuram.
Palavras-chave:
Nancy Huston; língua materna; memória; infância; estrangeiro