Resumo
Este artigo pretende discutir de que forma se configuram políticas neocolonialistas no romance Paradox, rey, de Pío Baroja. Tendo em vista o processo violento de colonização do continente africano imposto pelas nações europeias no século XIX, duas hipóteses conduzem este trabalho: Primeiramente, ao tentar problematizar a dominação francesa em nações africanas, Pío Baroja acaba por repetir as mesmas práticas adotadas pelos franceses, por meio de uma imposição político-cultural e do silenciamento da cultura do outro. Por outra parte, ao tentar inserir uma lógica que fuja das políticas colonialistas que países europeus impunham em solo africano com o objetivo de enriquecimento econômico pela via da exploração, o anarquismo colocado em prática em Bu-tata tampouco se mostra viável. A impossibilidade se dá tanto pelo fato de ser imposto pelos europeus, seja por não conseguir reagir à lógica genocida do colonialismo.
Palavras-chave:
Pío Baroja; neocolonialismo; pós-colonialismo