Resumo
O presente artigo tem por objetivo investigar sentidos possíveis para o deserto no romance Os detetives selvagens (1998), de Roberto Bolaño. Partindo de um olhar direcionado à exegese do deserto enquanto paisagem natural e imagem retórica concomitantemente, procura-se entender o papel latente que esse espaço tem na jornada utópica empregada por Ulises Lima e Arturo Belano em busca da poeta Cesárea Tinajero. Com isso, é possível aferir uma crítica à modernidade na obra de Bolaño pautada por uma representação do paradoxal cenário cultural latino-americano.
Palavras-chave:
Roberto Bolaño; Os detetives selvagens; deserto; utopia