Resumo
Este artigo apresenta algumas observações conceituais sobre como a condição de pobreza é trazida para a atenção do público e discutida, ou seja, sobre mediações da pobreza. Propõe-se que tal mediação é em grande medida monopolizada por aqueles que não são pobres, embora as tentativas de descrever os não-pobres mereçam cuidadosa consideração. Como tais, as mediações baseiam-se em pressuposições que raramente são examinadas com atenção. Neste texto, são denominadas bases fenomenais, e três delas são delineadas em termos gerais: a pobreza como uma experiência, a pobreza visível, e a pobreza em abstrato. Uma seção final examina o “medo da pobreza” como uma ideia abrangente, e especula a respeito da possibilidade de abordar a economia política em tais bases.
Palavras-chave:
estudos da pobreza; metáfora; sofrimento; olhar; precariedade