Resumo
Neste artigo, retomo o conceito de epistolarium, proposto por Stanley (2004), e os modos como essa noção encontra na ideia de carta como ato (LEJEUNE, 2008) um lugar/não-lugar de suas formas e inespecificidades para discutir o que seria a criação de um e-pistolário dos povos indígenas a partir de uma leitura crítica do site/arquivo do projeto “As cartas dos povos indígenas ao Brasil”. Para tanto, defino o que estou chamando de e-pistolário indígena e sua diferença em relação a organização de acervos epistolares de escritores consagrados para defender a ideia de que as cartas escritas pelos indígenas são as novas cartas do Brasil: um caminho para uma discussão sobre a arte postal desses povos e o lugar de suas cartas na literatura e na história do Brasil.
Palavras-chave:
povos indígenas; cartas; epistolário; Brasil