Resumo
Esse trabalho propõe uma leitura de Manual del distraído (1978) de Alejandro Rossi y Diarios de la edad del pavo (2017) de Fabián Casas, atendendo aos modos de inscrição do sujeito em práticas de escrita que, ao apelar a diferentes registros do autobiográfico, expandem os limites do literário para zonas de indeterminação discursiva que apagam as distinções entre escrita e vida. Ainda que sejam reconhecíveis numa ideia de literatura moderna, esses deslocamentos parecem assumir outras inflexões nos dias de hoje. Buscando visibilizá-las, esse trabalho pretende não apenas assinalar a disparidade inevitável entre livros publicados com 40 anos de diferença, mas também indagar, no gesto autobiográfico de suas escrituras, prefigurações do presente e/ou persistências de uma modernidade literária em crise.
Palavras-chave:
escritas híbridas; subjetividade; Alejandro Rossi; Fabián Casas