RESUMO
Este artigo aborda, no contexto dos estilos de aprendizagem, como as preferências sensoriais podem orientar estratégias de uso de dicionários. Para a contextualização teórica, parte-se da literatura que investiga as quatro áreas primordiais de preferências sensoriais: visual, auditiva, cinestésica e tátil. O objetivo do trabalho é articular as características das preferências sensoriais e de suas estratégias de aprendizagem a diretrizes explícitas que otimizem o uso de dicionários no ensino de português tanto como língua materna (PLM) quanto como língua não materna (PLNM). Busca-se, assim, superar o consenso sobre a função e o uso dos dicionários atestado na literatura sobre o tema. O trabalho observa que aprendizes e professores podem sair do que se denomina ‘zona de conforto estilística’ e diversificar estratégias ao longo do processo de ensino e aprendizagem. Este trabalho apresenta como resultados diretrizes de uso de dicionários que contemplam a escolha da modalidade da obra (impressa, eletrônica, online ), a indicação de buscas mais consistentes com cada preferência e a sugestão de obras a serem adotadas. Além disso, o artigo aponta mais uma possibilidade de uso do Roteiro para avaliação de dicionários como forma de documentar quais obras lexicográficas seriam mais consistentes com os objetivos de ensino de vocabulário e com os estilos de aprendizagem dos estudantes.
português; ensino; dicionário; vocabulário; estilos de aprendizagem; preferências sensoriais