Resumo:
O presente artigo pretende analisar de como os órgãos estatais responsáveis pela administração e funcionamento do Rio de Janeiro e Havana costuraram a fina trama que viabilizou que nas duas cidades, o aumento expressivo da população escrava não representasse um perigo efetivo à segurança desses dois espaços citadinos, que tinham importância ímpar nas unidades políticas de que faziam parte. A partir da análise comparada de documentos produzidos entre 1816 e 1820 pelas autoridades responsáveis pela boa governança das duas cidades, pretende-se examinar parte da dinâmica vivida no cotidiano daquelas que se tornaram as duas maiores cidades escravistas das Américas.
Palavra-chave:
escravidão urbana; Rio de Janeiro; Havana; controle; escravos; Américas