Resumo
Esta pesquisa teve como objetivo avaliar a remoção de nutrientes por microalgas em diferentes ciclos de fotoperíodo, combinado com wetland construído na Estação de Tratamento de Efluentes da Universidade de Santa Cruz do Sul, RS, Brasil. O tratamento empregado ocorreu entre julho e dezembro de 2018 e consistiu nas seguintes etapas: tratamento preliminar, tratamento secundário com reator anaeróbio, tanque de microalgas (TM), filtro de areia e wetland construído, utilizado a macrófita Chrysopogon zizanioides. No tanque de microalgas, foram considerados três ciclos de luz: 12h / 12h, 24h e 18h / 06h, cuja iluminação era alimentada por uma lâmpada LED branca de 9 Watts e 6000 Kelvin, regulada por um controlador de luz. Os resultados indicaram que não houve diferenças significativas (p>0,05) entre os valores de fósforo solúvel, nitrogênio amoniacal, DQO e DBO para TM comparando os três ciclos de fotoperíodo (12h/12h, 24h e 18h /06h). No entanto, a configuração do sistema removeu 100% de coliformes totais, E. coli e TSS nos três ciclos de luz. Em relação à remoção de nutrientes e matéria orgânica, o ciclo de luz com melhor desempenho foi o de 24 horas, considerando a remoção de 67,6% para fósforo solúvel, 94,0% para nitrogênio amoniacal, 63,7% para DQO e 42,7% para DBO, no final do processo de tratamento. Esses resultados demonstram que o uso de microalgas em combinação com wetland construído tem maior eficiência na remoção de nutrientes, principalmente fósforo e nitrogênio, além de reduzir parâmetros físico-químicos e eliminar a toxicidade do efluente.
Palavras-chave:
ciclos de luz; estação de tratamento de efluentes; tanque de microalgas