Resumo
O reúso de efluente doméstico é uma alternativa para a agricultura irrigada em situações de reduzida disponibilidade de água. No entanto, como é comum a presença de patógenos em águas residuárias, torna-se necessário um processo de desinfecção previamente à sua utilização. Com o desenvolvimento da pesquisa, avaliou-se a viabilidade sanitária e agrícola do efluente doméstico tratado em Estação Piloto composta por Tanque Séptico, Wetlands e sistema de desinfecção por radiação ultravioleta (UV). A Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) se encontra instalada no Centro de Ciências Agrárias, UFSCar, em Araras-SP, e recebe diariamente 2000 L de esgoto, o qual foi monitorado em termos de pH, turbidez, condutividade elétrica (CE), oxigênio dissolvido (OD), sódio (Na), potássio (K), cálcio (Ca), nitrogênio total (NT), fósforo total (PT), magnésio (Mg), carbono orgânico total (COT), coliformes totais (CT), Escherichia coli (E. coli) e Razão de Adsorção de Sódio (RAS). A eficiência de remoção dos parâmetros foi calculada com base nas médias de entrada e saída de cada unidade de tratamento. Os resultados apontaram remoção para K (68,2%), NT (54,1%) e PT (36,1%). Os teores de Na (26,7%) e Ca (22,9%) demonstraram aporte desses sais ao efluente, porém, a RAS não apresentou riscos quanto à sodificação do solo. Com relação aos microbiológicos, a ETE apresentou uma remoção de 4 e 5 ciclos log para CT e E. coli, respectivamente. Sendo assim, os resultados do monitoramento indicam que o efluente tratado da ETE Piloto apresenta viabilidade sanitária e agrícola, estando de acordo com a legislação vigente.
Palavras-chave:
esgoto; nutrientes; radiação ultravioleta.