Resumo
O aproveitamento de energia remanescente, através da implantação de parques hidrocinéticos, em reservatórios de jusante de centrais hidrelétricas vem ganhando destaque no mundo. Para estimar a quantidade de energia que pode ser extraída de um rio, são necessárias medições in loco, gerando custos consideráveis. Entretanto, através de modelagem fluvial pode-se conhecer os campos de velocidades e profundidades do rio e se estimar a potência instalada de possíveis parques hidrocinéticos. Assim, foram exploradas velocidades e profundidades simuladas via modelo de Saint-Venant 2-D aplicado ao reservatório de jusante da hidrelétrica de Tucuruí. As velocidades foram extrapoladas na direção vertical por meio de uma função logarítmica para determinação do perfil vertical de velocidades. Os diâmetros das turbinas foram definidos em função das profundidades do trecho estudado e de informações disponíveis na literatura. Assim, na seção analisada podem ser instaladas 73 turbinas com potência de aproximadamente 3 MW. Essa potência pode ser maior desde que outras seções sejam avaliadas. Todavia, estudos relativos a impactos ambientais e redução da produção da planta principal devido à redução da altura útil de queda devem ser levados em consideração, antes da instalação de parques hidrocinéticos em reservatórios a jusante de hidrelétricas.
Palavras-chave:
centrais hidrelétricas; energia remanescente; turbina hidrocinética.