RESUMO
Este artigo aborda aspectos biográficos de Rodrigo Melo Franco de Andrade relativos ao período anterior a sua atuação à frente do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Sphan), iniciado em 1936. Justifica-se a abordagem proposta em função da existência de numerosas lacunas relativas à trajetória de Rodrigo no período em questão, consideradas relevantes para entender as razões de sua indicação ao cargo de primeiro diretor do órgão. Os resultados da pesquisa apontam a importância do lastro cultural e político da família Melo Franco e seu forte engajamento na Revolução de 1930, como decisivos nesta indicação, bem como sua associação com o jornalista Assis Chateaubriand, que colocou suas empresas jornalísticas a serviço de Vargas. A par de suas qualidades pessoais e intelectuais, tais aspectos foram decisivos para que Rodrigo assumisse a posição de diretor do Sphan, que hoje se afigura predestinada, a despeito de seu alheamento em relação à problemática da preservação do patrimônio até então.
PALAVRAS-CHAVE:
Rodrigo Melo Franco de Andrade; Sphan; Biografia; Preservação do patrimônio