RESUMO
O artigo propõe historicizar o modo como a arquitetura popular foi apresentada na linha editorial do Iphan, em especial na Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional entre as décadas de 1930 e 2010. A partir de um entendimento atual do que se entende por arquitetura popular, definiu-se um recorte para a entrada nos artigos da Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, que considerou, dentro dessa chave, a arquitetura indígena, a arquitetura de ciclos históricos, os mocambos, os terreiros, os quilombos, a arquitetura popular de imigrantes e as habitações ribeirinhas. Para problematizar a questão, perguntou-se: A partir de que campos disciplinares a arquitetura popular foi interpretada? A partir de cânones consagrados ou a partir de seus próprios sistemas? A partir de sua dimensão material ou imaterial? Que valores foram identificados nela? Os artigos tinham caráter descritivo ou analítico? A que se propunham? Que diálogo estabelecem com as normativas, ideias, agentes do contexto estudado? Nesse sentido, discutir a arquitetura popular na Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional é também formular uma narrativa sobre a história do Iphan e sua relação com a história da arquitetura no país.
PALAVRAS-CHAVE:
Arquitetura popular; Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional; Iphan