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Mina secreta, aríete forçoso: o livro na historicização da Guerra Holandesa (1625-1660)

Secret mine, forceful battering ram: The book in the historicizing of the Portuguese-Dutch War (1625-1660)

RESUMO

O presente artigo almeja a avaliar o que representou a introdução do livro, enquanto suporte físico de veiculação de narrativas, na historicização da Guerra Holandesa (1624-1654). Para tanto, examina os contextos de publicação de obras saídas dos prelos da Península Ibérica entre 1625 e 1660, alerta aos compromissos políticos e estratégias editoriais dos sujeitos envolvidos na tarefa. Toma como parti pris que a escolha de oferecer aos leitores um relato em panfleto avulso ou em livro in quarto ou in folio respondia a circunstâncias específicas e servia a métodos conscientes de visibilização de façanhas militares, em vista das recompensas socioeconômicas e culturais em disputa no Antigo Regime. Argumenta, ademais, que a escrita da história daquela guerra teve como enunciadores (em sentido lato), além da nobreza europeia, grupos pertencentes às elites ultramarinas A análise se embasa em conceitos formulados pela historiografia sobre a materialidade do livro e sobre seu advento na Modernidade, bem como nos estudos acerca da Guerra Holandesa e sua historicização.

PALAVRAS-CHAVE:
Guerra Holandesa; Escrita da história; Livro

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