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Narcolepsia: uma interface entre neurologia, imunologia, sono e genética

Resumo

A narcolepsia é um distúrbio primário do sistema nervoso central resultante das interações genéticas, ambientais e imunológicas definidas como sonolência diurna excessiva mais cataplexia, alucinações, paralisia do sono e fragmentação do sono. A fisiopatologia não é completamente conhecida, mas a interação entre predisposição genética, exposição ambiental e componente imunológico com consequente deficiência de hipocretina-1 é o modelo para explicar a narcolepsia tipo I. O mecanismo da narcolepsia tipo II é menos compreendido. Há um atraso de mais de dez anos para o diagnóstico da narcolepsia em todo o mundo. Pacientes com narcolepsia apresentam muitas comorbidades com impacto negativo na qualidade de vida. O tratamento da narcolepsia deve conter uma abordagem educativa para a família, colegas de trabalho e pacientes. Cochilos programados e higiene do sono são importantes para minimizar a dose dos medicamentos. Muito progresso foi observado no tratamento farmacológico da narcolepsia com novos estimulantes, diferentes apresentações de oxibato e estudos recentes com agonistas de orexina. A narcolepsia é uma doença rara que precisa ser mais compreendida e destacada para evitar atrasos no diagnóstico e incapacidades graves nos pacientes.

Palavras-chave
Narcolepsia; Diagnóstico; Comorbidade; Terapêutica

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