Foi comparada a potência anticonvulsivamente do nitrazepam, do diazepam e da trimetadiona em 5 pacientes com ausências mioclônicas. Os doentes receberam, além das medicações anticonculsivantes, um placebo. O teste terapêutico foi constituído por tratamentos sucessivos de 4 dias, planejados com o fim de se eliminar os possíveis efeitos residuais de uma droga sobre a outra, administrada ulteriormente. Na análise dos resultados, a comparação das médias individuais dos diversos tratamentos foi baseada no teste de Tukey. Em dois casos não houve necessidade de análise estatística para demonstrar a superioridade do nitrazepam e do diazepam sobre os demais produtos utilizados; em outros dois, a aplicação do teste de Tukey levou à mesma conclusão. No quinto caso as flutuações do número de ausências mioclônicas durante o ensaio terapêutico sugerem comportamento semelhante, embora a análise estatística individual não revele diferenças significativas. Há indícios de que o nitrazepam tem ação superior ao diazepam sobre esse tipo de crise convulsiva. A trimetadiona revelou-se superior ao placebo, porém inferior ao nitrazepam e ao diazepam. O principal inconveniente do nitrazepam e do diazepam é o de precipitar crises generalizadas tônico-clônicas.